Telefones depredados atrapalham população

O prejuízo causado por atos de vandalismo em telefones públicos do Paraná é de R$ 90 mil por mês. Além de influenciar nos custos dos serviços de telefonia, os aparelhos com defeitos podem dificultar o acesso de pessoas a serviços de saúde ou segurança. No Estado, só em agosto, a Brasil Telecom registrou 6 mil avisos de orelhões com problemas, 30% deles foram danificados de propósito.

O supervisor da rede Brasil Telecom, Israel Dulcimar Teixeira, não sabe precisar o quanto esse dinheiro causa impacto na planilha de custos, mas afirma que ele existe. Ressalta, porém, que esse não é o maior problema. “A situação prejudica as pessoas em situação de emergência”, salienta.

Os problemas mais comuns estão relacionados a estragos nos fones, teclados e leitoras de cartões. Para conseguir melhor efeito, os vândalos começaram a usar técnicas diferentes para danificar os aparelhos. Algumas incluem até o uso de produtos químicos. Teixeira disse que prefere não comentar o assunto, pois pode acabar incentivando mais ataques.

Ele afirma que em 8 horas os aparelhos são consertados. Esse é o prazo estipulado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Para proporcionar essa agilidade, um computador monitora os pontos com problemas e uma equipe de técnicos é acionada. Mas a população também costuma ligar, embora algumas vezes o problema já tenha sido detectado.

Em agosto, 1,8 mil orelhões foram restaurados no Estado. Calcula-se que a metade só na região de Curitiba. Cada visita dos técnicos ao aparelho custa R$ 50. O custo é menor para recuperar telefones públicos pichados, já que o abrigo é recolhido e restaurado. Na capital, os problemas com os orelhões não têm uma região crítica. Ocorre em todos os lugares da cidade, mas a maior incidência é próximo à danceterias. Os casos, geralmente, acontecem nos finais de semana. No Estado, há 66 mil telefones públicos, dos quais 33 mil estão na região de Curitiba.

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