Tecpar recebe “herança perversa”

Com cerca de 70% do seu orçamento gerado por receitas próprias, até 31 de dezembro de 2002 o Tecpar vivia uma situação inusitada. “Existia o Tecpar tradicional e o Tecpar como base de operação de projetos considerados estratégicos pelo governo Lerner”, afirmou o diretor-presidente da instituição, Mariano Macedo. Ele destacou como “heranças perversas” várias ações que vão desde projetos operados através do Centro de Integração de Tecnologia do Paraná (Citpar), que passou a receber recursos diretamente do Paraná Tecnologia para financia-los (R$ 11,6 milhões) até atividades básicas, “que pouco contribuíram para modernizar o padrão tecnológico do Instituto”.

Entre os “projetos problemáticos do governo passado e que tinham como base operacional o Tecpar” o diretor-presidente destacou a Agetec (Agência de Educação Tecnológica), a Spin-Med (empresa de produção de imunobiológicos, criada sem amparo legal e atualmente em fase de dissolução), a Rede TIC (organização civil de direito privado, cujo convênio já foi anulado), a transformação do Centro Brasileiro em Biocombustíveis (Cerbio, igualmente em vias de extinção), o Centro de Design do Paraná (que já foi desalojado de dentro do instituto e teve a devolução do patrimônio adquirido requerida), o Instituto Agora (mesma situação) e a cessão, sem amparo legal, de parte do terreno da Granja Maria Luiza a uma instituição privada (o processo foi considerado ilegal pela PGE e está em fase de cancelamento).

Para Mariano Macedo, o futuro do Tecpar passa pela modernização tecnológica e também pela integração com as universidades estaduais. As orientações estratégicas para o novo Tecpar apontam para uma maior articulação com as demais secretarias e órgãos de governo.

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