Suspeita de botulismo alerta Secretaria da Saúde

A Secretaria da Saúde do Paraná, por meio da Vigilância Epidemiológica, está investigando um caso suspeito de botulismo em Curitiba. A Vigilância foi notificada na terça-feira e ainda não foi possível identificar se a doença realmente foi a causa da internação da paciente. Se for confirmada a suspeita de botulismo, restará saber qual alimento originou a doença.

Como medida de precaução, a paciente já foi medicada com um soro especial, disponibilizado pelo Ministério da Saúde e fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio. O material para realização dos exames foi encaminhado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, onde passará por uma análise.

Botulismo é uma forma de intoxicação alimentar, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo e alimentos mal conservados.
A intoxicação causa um comprometimento do sistema nervoso e, se não tratada a tempo, pode causar a morte. Os alimentos enlatados ou embalados a vácuo são os mais vulneráveis a bactéria, que se desenvolve em ambientes sem oxigênio.

O médico Gleden Teixeira Prates, chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Saúde, explicou como os alimentos são contaminados. ?Muitas vezes a infecção acontece no solo, por esporos ultra-resistentes. Quando está em conserva, a bactéria se modifica e começa a produzir a toxina?, diz. Latas de alimentos em conserva inchadas, que parecem cheias de ar, podem indicar a presença da bactéria.

Apesar da gravidade da doença, Gleden ressaltou que não há motivos para maiores preocupações, pois nenhuma outra pessoa ingeriu o mesmo alimento que a paciente internada. ?Fizemos algumas perguntas e descobrimos que somente ela ingeriu o alimento. Não há perigo de outras pessoas estarem contaminadas?, conta. ?A doença existe e é realmente perigosa, mas não é uma epidemia: trata-se de apenas um caso e que ainda precisa de confirmação.?

O resultado dos exames só deve sair na segunda-feira. ?O comum é acontecer um caso a cada cinco anos em todo o país, mas mesmo assim, devemos estar atentos a qualquer sintoma diferente que aparecer nos pacientes?, alerta o médico.

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