Superinteressante dá prêmio a projeto do Paraná

O projeto Recifes Artificiais Marinhos, desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em conjunto com a Ecoplan, recebeu o prêmio Superecologia 2003, na categoria fauna, concedido pela revista Superinteressante, da Editora Abril. A entrega do prêmio aconteceu na noite de anteontem, em São Paulo.

O Superecologia 2003 vem se somar a outros prêmios que o projeto ganhou, como o Paraná Ambiental, em 2000, Mérito Ambiental, em 2001, além do prêmio internacional concedido pela Rees Ball Foudation, em 98. “Não é um projeto inédito no Brasil, mas o que deu mais certo”, explica o superintendente da Ecoplan, Fabiano Brusamolin.

Foram inscritos ao todo 256 trabalhos, e premiados 17 nas diferentes categorias. O projeto Recifes Artificiais Marinhos foi o único premiado do Paraná.

Blocos de concreto

O coordenador científico do projeto e professor do Centro de Estudos do Mar da UFPR, Frederico Brandini, explica que o projeto consiste no despejo de grandes blocos de concreto vazados (chamados de recifes artificiais) no mar. A idéia, segundo ele, é aumentar a disponibilidade de habitat rígido. “Quase 99% do fundo do mar no Paraná é formado por areia. Não tem rocha, nem laje, como em Santa Catarina e São Paulo”, conta. Com o novo habitat, o objetivo é desenvolver nova biodiversidade marinha, com a fixação de animais invertebrados como mariscos, cracas do mar, anêmonas. Dentro do projeto, duas balsas também foram afundadas, com o propósito de criar novas vidas marinhas. “Além disso, os blocos de concreto servem de anti-arrasto, dificultando a pesca industrial”, conta o professor.

O projeto, iniciado em 1997, foi implantado próximo à Ilha dos Currais. Até agora, foram utilizados cerca de 2 mil blocos de concreto mas a idéia, segundo Fabiano Brusamolin, da Ecoplan, é atingir 14 mil blocos, em área que vai da Ilha dos Currais à Ilha de Itacolomi – 12 km de comprimento por 1 km de largura. “Hoje ele ocupa 10% do total. A conclusão vai depender dos patrocinadores”, explica Brusamolin. O projeto custou até agora cerca de R$ 600 mil, segundo a UFPR.

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