Superguindaste usado em ponte

Um guindaste com capacidade para até 120 toneladas lançou ontem três estruturas treliça metálicas sobre o Rio Belém, em Curitiba. Cada uma delas possui 40 metros de comprimento e pesa dez toneladas. Sobre essas estruturas, feitas em ferro galvanizado, será iniciada a construção da parte superior da ponte na Avenida Senador Salgado Filho. Até agora, metade da obra, que foi iniciada em junho e tem conclusão prevista para dezembro, está pronta.

Segundo funcionários da Construtora Pussoli, responsável pela obra, em Curitiba há apenas um guindaste capaz de suportar o peso das estruturas, mas ele está contratado por uma empresa de São Paulo. Por conta disso, foi preciso trazer um guindaste de Blumenau (SC) para fazer o serviço. O tamanho do guindaste e as manobras feitas por seu operador chamaram a atenção de quem passava pelo local.

As estruturas metálicas que foram colocadas com o guindaste no vão da ponte vão permitir que sete vigas de concreto sejam montadas in loco, o que acelera a construção porque elimina a etapa conhecida como cimbramento (ou escoramento). Como ficam suspensas, presas em outras estruturas já existentes, elas também permitem o livre escoamento da água do rio.

A ponte que existia no local teve problemas na estrutura e, por medidas de segurança, foi parcialmente interditada em outubro do ano passado. A ponte está recebendo investimentos de R$ 377 mil e será toda feita em concreto. Terá 18 metros de largura, sendo 14 para o trânsito de veículos em duas faixas para cada sentido, e dois metros de passeio de cada lado.

A ponte da Salgado Filho é usada por moradores dos bairros Uberaba, Guabirotuba, Vila Hauer e Boqueirão para acesso à BR 116 ou ao centro da cidade. Antes de ser interditada, cerca de 15 mil veículos circulavam por ela diariamente. “A Salgado Filho é um eixo comercial e não queremos que, perto do Natal, os comerciantes sofram por causa da obra”, diz o diretor do Departamento de Obras e Saneamento, Augusto Meyer Neto.

Segundo o engenheiro civil Gilmar Roloff, responsável pela bacia do rio Belém junto à Secretaria Municipal de Obras Públicas, a pior parte da obra já foi feita. “Os quatro pilares previstos e as duas vigas de apoio já foram executadas”, explica. A base dos pilares foi colocada dois metros abaixo do nível da água.

Além da ponte, a prefeitura fará um bolsão no local, o que vai facilitar o cruzamento com a BR 116. O projeto prevê a criação de duas marginais e abertura de novos acessos. O cruzamento da rodovia deixará de ser direto, apenas com semáforo. Os canteiros centrais da BR serão estreitados e haverá ciclovia e nova iluminação.

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