Utilizando a fusão de diversas tecnologias, o físico Francisco Mathieu diz ter encontrado uma solução para o problema da destinação e tratamento do lixo urbano. Paulista, Mathieu está no Paraná apresentando em órgãos públicos de meio ambiente o projeto de uma usina de lixo orgânico que, caso saia do papel, além de não poluir, transformará o lixo em produto.
O físico explica que nada do lixo no processo é desperdiçado. ?O mais importante é que o processo não é poluente em nenhuma das etapas. Além disso, a comercialização dos produtos finais viabilizaria economicamente a usina?, revela. A usina, apesar de utilizar tecnologia de ponta, é relativamente simples. Os caminhões que recolhem o lixo despejariam o material compactado numa máquina para desagregá-lo. Depois ele é colocado numa esteira, onde passa por uma severa seleção para retirada de material reciclável. ?Sobra apenas lixo orgânico, que é o grande problema que se enfrenta hoje?, afirma.
O material seria então despejado num triturador e, após, numa segunda esteira. Daí iria para um incinerador. ?Mas os gases não iriam para a atmosfera. Eles passam por uma lavagem com solução alcalina, para evitar a formação de organoclorados?, revela o físico. Eles seriam condensados e transferidos para uma estação de tratamento de dejetos industriais. Depois, juntamente com as cinzas do incinerador, o líquido tratado vai para tanques de decantação.