Só um consórcio na disputa da Linha Verde Norte

Das quinze empresas que compraram o CD contendo o projeto do primeiro trecho da Linha Verde Norte, sem contar as diversas outras que acessaram o edital pela internet, apenas duas, que formaram um consórcio, compareceram ontem à licitação.

A Empresa Curitibana de Saneamento e Construção Civil (Empo), em parceria com a Marc Construtora de Obras, de São José dos Pinhais, entregou dois envelopes contendo os documentos exigidos para a licitação e os preços da obra.

Caso a análise dos documentos seja positiva, pode ser este o consórcio responsável pelas obras da Linha Verde no trecho que vai da passarela do Centro Politécnico até a Avenida Victor Ferreira do Amaral. O valor máximo da obra será de R$ 51.902.093,30, e com essa quantia deverão ser feitas obras de drenagem, calçadas, iluminação e sinalização, bem como as trincheiras nas ruas Roberto Cichon e Agamenon Magalhães, a ampliação do viaduto da Avenida Affonso Camargo e a estação-tubo Jardim Botânico. De todos os trechos da Linha Verde, este é o que terá mais intervenções.

Pedidos

Antes da reunião de ontem, foram entregues dois pedidos de impugnação pelas empresas CR Almeida e J.Malucelli, que não foram aceitos. As empresas queriam que fosse retirado do edital de licitação um item que obriga a empresa a passar por uma análise financeira. “As empresas precisam estar com as contas em dia no âmbito federal, estadual e municipal. Isso é exigido em qualquer tipo de financiamento, e não poderíamos abrir mão”, explica Edson Seidel, da Unidade de Gerenciamento do Programa da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), vinculada à Prefeitura de Curitiba e responsável pelas obras da Linha Verde.

Processo

A documentação entregue hoje será analisada em um prazo de até 20 dias. Depois disso, passarão outros 15 dias até que haja a definição final do preço da obra. Assim que for publicado este valor, restarão dois meses para o início das obras. Durante esse período de análises, se algo der errado com essa que é a única concessionária concorrente, uma nova licitação deverá ser aberta.

Provavelmente em outubro deverá ser aberta a licitação para o segundo trecho da Linha Verde Norte, que vai da Avenida Victor Ferreira do Amaral até o Trevo do Atuba. Ainda há a possibilidade de dividir este trecho em dois, para que as obras do Conjunto Solar até o Atuba sejam feitas por último.

Só depois das obras em toda a reta da Linha Verde é que haverá intervenção na Victor Ferreira. “Precisamos deixar os desvios prontos para fazer essa obra, já que a avenida ficará fechada por até seis meses”, ressalta Edson.