Sinditest e o HC ainda não iniciaram negociações

O início das negociações entre grevistas da Fundação da Universidade Federal (Funpar) e direção do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba ainda não foi definido. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba e Região Metropolitana (Sinditest-PR), ontem, o diretor-geral do HC, Giovani Loddo, teria se comprometido a entregar hoje um calendário para as negociações. No entanto, a assessoria de imprensa do HC informou que Loddo se comprometeu apenas a dar uma reposta sobre a validade dos documentos, que estão sob análise da assessoria jurídica do HC, sobre a assembléia que decidiu pela greve na semana passada.

Uma das exigências da direção do HC para que as negociações fossem efetivadas era a entrega de papéis que comprovassem a legitimidade do movimento. Na última quarta-feira, eles foram protocolados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que iria analisá-los. Ontem, a assessoria jurídica do hospital também estava de posse do material e daria uma resposta hoje. Se fosse favorável, uma data para o início das atividades seria discutida.

O Sinditest-PR já espera receber as datas hoje. A entidade está programando uma assembléia para decidir o futuro da greve, que poderia ser interrompida para as negociações. Entretanto, se o movimento continuar, pretende paralisar as atividades de enfermagem e evitar que outros funcionários façam horas-extras.

O atendimento

Os funcionários que estão em greve são contratados pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). Segundo a direção do hospital, ontem pela manhã, dos 1.365 trabalhadores, apenas 63 cruzaram os braços, quatro a mais do que no segundo dia de paralisação. No entanto, o Sinditest alega que pelo menos 50% dos funcionários pararam. O setor mais prejudicado era o de oftalmologia. Nenhum paciente foi internado desde terça-feira no setor,

Entre as reivindicações, os grevistas exigem reposição da inflação de 18,75%, reposição do valor da cesta básica de 26% e pagamento de 100% de horas-extras, no lugar de 50% pagos atualmente.

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