Sindesc resolve adiar parada

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sindesc) desistiu da greve e os servidores dos hospitais foram surpreendidos na manhã de ontem com o material do piquete nas mãos. A intenção do Sindesc era iniciar uma greve por melhores salários em quatro hospitais a partir das 6h da manhã de ontem, mas após uma reunião emergencial com a cúpula do Sindicato de Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindipar), na noite de segunda-feira, a direção do Sindesc optou por adiar a greve. Inicialmente, a paralisação atingiria 70% do quadro dos hospitais Evangélico, Evangélico Bairro Novo, Nossa Senhora das Graças e do Trabalhador.

"Estávamos tentando negociar um reajuste salarial há dois meses e o Sindipar não acenava com uma possibilidade concreta. Na segunda eles abriram novo diálogo e decidimos adiar", diz Isabel Cristina Gonçalves, presidente do Sindesc.

Até o início da noite de segunda-feira, a informação dada pela conselheira jurídica do Sindipar, Maria Solange Marecki, era de que nada seria decidido antes de hoje, quando acontece a assembléia da entidade. Entretanto, segundo o presidente do Sindipar, José Francisco Schiavon, o Sindesc pediu reabertura de conversações. "Nós sempre nos colocamos à disposição, dia e noite. Já fizemos mais de 35 reuniões, mas agora, acho que finalmente estamos caminhando para um acordo", diz. Na assembléia, que começa às 14h30, os administradores dos hospitais debatem uma nova proposta de reajuste. Os funcionários reclamam as perdas salariais dos últimos anos, que só seriam plenamente repostas com um reajuste de 24%.

Segundo Isabel, o que foi decisivo para o adiamento da paralisação foi a desistência do Sindipar em aumentar a carga horária semanal de 36 para 44 horas. Entretanto, Schiavon disse que esse ponto ainda será objeto de debate. "Na reunião de segunda o aceno foi referente ao reajuste salarial, mas estamos abertos a negociações."

Se o Sindipar formalizar hoje uma proposta de reajuste salarial, haverá uma apreciação amanhã na assembléia dos funcionários dos hospitais. "Se for uma proposta satisfatória, cancelamos a greve. Caso contrário, daremos início à paralisação na sexta-feira", garantiu Isabel.

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