Sexta 13: sorte, azar ou um dia comum?

O dia de hoje é cercado de muitas superstições e crendices populares. Para algumas pessoas, a primeira sexta-feira 13 do ano é um dia relacionado à sorte e a situações positivas. Para a maioria, no entanto, é associada ao azar e ao mau agouro, em que não se pode passar embaixo de escada, cruzar com gato preto no meio da rua e se deve carregar um trevo de quatro folhas, uma figa ou qualquer outro amuleto junto ao corpo.

"Sou extremamente supersticiosa e pretendo passar o dia de  amanhã (hoje) dentro de casa. Só vou sair em caso de emergência. Acredito que sexta-feira 13 é um dia superpesado, não importa o mês em que aconteça. Porém, quando a data cai no mês de agosto é ainda pior", diz a psicóloga Diva de Oliveira, que não tem vergonha de admitir que possui superstições e, para se proteger contra energias negativas, costuma portar medalhinhas com imagens de santos.

O azar ligado ao número 13 estaria associado a lendas pagãs em que eventos sociais com reunião de 13 pessoas são ligados a desgraça certa. Porém, também há quem acredite que a superstição tenha origem cristã e esteja relacionada à Santa Ceia, quando 13 pessoas (Jesus e os 12 apóstolos) se reuniram antes da crucificação de Cristo.

Embora muitos místicos recomendem que neste dia sejam tomados banhos de sal grosso, feitas simpatias e acendidas velas, também existem estudiosos que afirmam que tudo não passa de crendice. Segundo a pesquisadora de comportamentos e números Edelar Prohnann, que se baseia na análise da grade do filósofo Pitágoras, o 13 é um número de muita força, poder e energia cósmica. "Ele se torna negativo apenas quando as pessoas não o sabem utilizar. Por isso, hoje pode ser um dia excelente se as pessoas aproveitarem para se organizar e refletir, não deixando de lado a ordem, a ética, a responsabilidade e o trabalho. Tudo depende do subconsciente de cada um", afirma.

Para o vigário-geral da arquidiocese de Curitiba, cônego Genivaldo Ximendes, a sexta-feira 13 é um dia como outro qualquer. De acordo com ele, a Igreja, embora não seja ligada a superstições, tem números considerados como símbolos bíblicos, como o 7, que é da perfeição, e o 40, que é sinônimo do tempo necessário para purificação. O 13 não tem simbologia alguma. "A sexta-feira 13, como todos os outros dias, é um dia de bênção de Deus. A utilização de amuletos para se proteger do azar é apenas um mecanismo psicológico. Quem acredita em Deus não precisa disso", diz.

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