Servidores fazem vigília em frente à Sesa

O pedido de um plano de carreira específico levou os servidores estaduais da saúde a realizarem ontem uma vigília em frente à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em Curitiba. Os servidores querem negociar a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que atenda as especificidades da área. Hoje, eles estão integrados ao Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE), junto com outras categorias. Durante a tarde, os servidores participaram de uma sessão na Assembléia Legislativa.

Servidores de diversas cidades do Paraná participaram do ato promovido pela manhã. Vestidos com camisetas vermelhas e segurando velas, eles pediam a abertura de um canal de negociação com a Sesa. Os servidores alegam que há anos estão tentando conversar, mas não recebem qualquer posição. Ontem pela manhã, uma comissão de servidores foi até o gabinete do secretário Cláudio Xavier, mas ele estava participando da escola de governo. Um assessor dele recebeu a cartilha produzida pela categoria sobre o PCCS. ?Estamos decepcionados. Não temos qualquer canal de negociação. O sindicato entregou a proposta em fevereiro de 2003 e nunca conseguimos conversar. Nós queremos a valorização dos servidores da saúde?, afirma Elaine Rodella, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (SindiSaúde).

Outro problema enfrentado pelos servidores está relacionado com a jornada de trabalho. Um profissional dessa área deve trabalhar de 20 a 30 horas semanais, dependendo da função. Mas a Sesa estaria pressionando os servidores para que cumpram uma jornada de 40 horas. ?Os servidores estão sendo ameaçados com processos administrativos e descontos em folha. Há anos estamos propondo a regulamentação da jornada de trabalho?, comenta Elaine.

À tarde, representantes dos servidores foram à Assembléia Legislativa e conseguiram marcar para hoje uma reunião com deputados da base governista, para tentar iniciar uma negociação. ?Houve também o comprometimento dos deputados em combater possíveis retaliações, como o desconto dos servidores que não cumprirem a jornada de 40 horas?, disse Elaine. A sindicalista garantiu que os servidores ainda não pensam em greve, pelo menos nas duas próximas semanas, quando esperam avançar nas negociações, mas que após o dia 20, se houver indicação de descontos no fechamento da folha de pagamento, uma nova assembléia será convocada para deliberar sobre a possibilidade de paralisação.

Voltar ao topo