Servidores do INSS cruzam os braços por 48h

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram ontem uma paralisação de 48 horas. Entre as principais reivindicações está a reposição salarial da categoria, que, em nove anos sem reajuste, chega a 127%. O movimento é nacional. Durante dois dias, todos os atendimentos do órgão deverão ficar suspensos.

Em Curitiba e Região Metropolitana, a estimativa do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Saúde, Previdência e Assistência Social (Sindprevs) do Paraná é de adesão total da categoria nas quatro agências da capital -João Negrão, Cândido Lopes, Visconde de Guarapuava e na Vila Hauer – e nas demais da RMC – Campo Largo, Araucária, Colombo, Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais.

A diretora do sindicato, Jaqueline Mendes de Gusmão, afirmou que as perícias médicas estão sendo remarcadas, e os demais atendimentos voltam ao normal somente na quinta-feira. O INSS informou que a greve atingiu 22 das 51 agências do Estado, mas confirmou que as perícias agendadas estavam sendo realizadas normalmente no dia de ontem.

Pauta

A diretora do sindicato confirmou que essa paralisação já é um indicativo da greve nacional que os servidores do INSS irão deflagrar a partir do dia 20 de abril. Essa data poderá sofrer alguma alteração em função da greve geral que os servidores federais de outras áreas também deverão iniciar no próximo mês. “A greve é a arma que esse governo nos ensinou, pois até antes das eleições ele estava conosco. Agora que ele (governo) nos traiu, ao se aliar com membros do governo anterior, vamos brigar pelos nossos direitos”, falou Jaqueline.

A categoria está reivindicando reposição salarial de 127%, que é o acumulado de nove anos sem reajuste. Segundo Jaqueline, o governo ofereceu como contraproposta uma reposição de 2,67%. “Esse índice é ínfimo”, comentou. Outra briga dos servidores é quanto ao plano de cargos e salários.

Em agosto de 2003, os trabalhadores do INSS só suspenderam a greve porque assinaram com o governo uma proposta de um projeto de lei para a criação de um plano de carreiras e salários. Porém, o governo acabou editando uma medida provisória que não contemplava os termos fechado durante o acordo. Os servidores do INSS também querem a realização de concurso para contratação de mais servidores. “As filas no INSS só são mostradas durante as greves, mas elas existem todos os dias por falta de pessoal para o atendimento”, concluiu.

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