Os servidores municipais de Londrina, em greve há 39 dias, sofreram ontem um revés na Câmara dos Vereadores da cidade, quando foi votado um projeto de lei que pretendia impedir o desconto dos dias parados. Por 12 votos a 3, o projeto foi rejeitado. ?Consideramos isso como uma prova de que a Câmara está comprometida com a Prefeitura, que é a favor de leis que oneram e endividam a cidade?, disse ao fim da sessão o presidente dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Londrina, Marcelo Urbaneja.
A aprovação da lei blindaria os grevistas de terem descontados dias parados, o que já chegou a acontecer, quando o prefeito Nedson Micheleti descontou oito dias na folha de pagamento de agosto. Por ordem judicial, precisou voltar atrás e devolveu o dinheiro.
Segundo Urbaneja a greve irá continuar por tempo indeterminado, pois segundo o sindicalista haveria recusa por parte do prefeito até mesmo em negociar uma saída para a paralisação. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a assessoria do órgão. O sindicato afirma que 90% dos servidores da saúde estão parados. Ontem, um grupo de moradores do bairro Jardim Franciscato fez uma manifestação em frente ao posto de saúde do bairro pedindo pelo fim da greve dos servidores.