De saco cheio

Servidores de Curitiba denunciam a falta de médicos

Servidores municipais atendidos pelo Instituto Curitiba de Saúde (ICS) reclamam da falta de médicos. A denúncia é confirmada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), que acompanhou o atendimento na terça-feira e constatou a defasagem no quadro de profissionais. O serviço é oferecido a 77 mil servidores.

O diretor de organização de base do sindicato, Juliano Soares, conta que durante a visita à sede do órgão público encontrou apenas dois médicos trabalhando pela manhã e outros quatro à tarde, enquanto o ideal seriam seis profissionais em atendimento. Na terça-feira, 130 servidores aguardavam por consulta, além dos pacientes internados. “A precariedade sempre existiu, mas a falta de médicos tem sido mais evidente depois que vários hospitais e consultórios foram descredenciados”, diz.

Rotatividade

Para Soares, o pagamento aos profissionais, que são terceirizados, também prejudica o atendimento por causa da alta rotatividade. De acordo com o sindicalista, o parâmetro usado é o salário dos demais servidores municipais, que é de aproximadamente R$ 2 mil. “Se o médico estivesse concursado teria vínculo maior, mas, assim, fica mais fácil ir embora e não é colocado outro profissional no lugar”, reclama. A Tribuna procurou a prefeitura para esclarecer as reclamações, mas nenhum dirigente do instituto foi localizado.

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