Servidores da Saúde protestam por reajuste

Servidores estaduais da saúde estão realizando desde quinta-feira plantão em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba. Eles reclamam das más condições de trabalho, reivindicam reposição salarial e dizem que só vão deixar o local quando forem atendidos pelo governador Roberto Requião.

De acordo com a coordenadora do sindicato que representa a categoria (Sindisaúde), Mari Elaine Rodella, o protesto é para chamar a atenção do governo para a ausência de reajuste salarial nos últimos anos. “Há oito anos o pessoal de nível médio e elementar não tem reajuste. O que houve foi a gratificação de assiduidade de R$ 100,00, que sequer foi estendida aos aposentados”, reclama. As perdas salariais no período, afirma, chegam a 95%. “Um auxiliar de laboratório com 14 anos de trabalho, motorista de ambulância e pessoal de cozinha ganham R$ 228,41, menos que um salário mínimo”, revela.

Além da questão salarial, Mari Elaine conta que há outros problemas. As leis do vale-alimentação e do auxílio-transporte estão, segundo ela, completamente defasada. Além disso, o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), instituído em julho do ano passado, seria injusto, porque “não atende às necessidades da categoria.”

Segundo ela, a expectativa era que o governo anunciasse reajuste salarial para os servidores no dia 1.º de maio, o que não ocorreu. Nova expectativa foi criada para o dia 1.º de junho, na data-base. Na quinta-feira, conta a coordenadora, o secretário-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, recebeu representantes do sindicato e informou que na próxima quarta-feira o governo deverá apresentar índices possíveis de reajuste.

Apesar da insatisfação da categoria, ainda não existe possibilidade de greve. “Mantemos a confiança de que o governador atenda nossas reivindicações e estabeleça processo de negociação”, comentou Mari Elaine.

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