Eleições 2022

Sérgio Moro confirma que será candidato ao Senado pelo Paraná

Sérgio Moro vai concorrer ao Senado pelo Paraná
Sérgio Moro, do União Brasil, vai concorrer ao Senado pelo Paraná. Foto: Reprodução.

O ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro confirmou, na manhã desta terça-feira (12), que será candidato ao Senado pelo Paraná nas eleições de outubro. A confirmação ocorreu nesta terça-feira, em uma coletiva do partido União Brasil.

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Em pesquisa recente o  Real Time Big Data apontou como seria uma disputa ao Senado com Sérgio Moro entre as opções de voto. Relembre aqui o resultado das intenções de voto.

O anúncio do ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro ocorre após as tentativas fracassadas de se viabilizar como pré-candidato ao Palácio do Planalto e de transferência de domicílio eleitoral para São Paulo.

Em entrevista na semana passada ao jornal Folha de S.Paulo, o ex-juiz afirmou haver uma “tentação” para concorrer ao Senado pelo Paraná e que, se eleito, tem o plano de se tornar líder da oposição em eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Espero que isso não aconteça, mas, no caso de uma vitória do ex-presidente Lula, é natural que eu me coloque na oposição para liderar uma resistência necessária a políticas públicas indesejáveis em relação ao país e também ser uma voz no Congresso em favor da integridade e do combate à corrupção”, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo.

Juiz da Lava Jato, Moro abandonou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro, com quem se desentendeu —isso motivou seu pedido de demissão em abril de 2020.

No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou Moro parcial nos processos em que atuou como juiz federal contra o ex-presidente Lula (PT). Com isso, foram anuladas ações dos casos tríplex, sítio de Atibaia e Instituto Lula pela Lava Jato.

Diferentes pontos levantados pela defesa do petista levaram à declaração de parcialidade, como condução coercitiva sem prévia intimação para oitiva, interceptações telefônicas do ex-presidente, familiares e advogados antes de adotadas outras medidas investigativas e divulgação de grampos.

A ida para uma cadeira no ministério de Bolsonaro também pesou na decisão, assim como os diálogos entre integrantes da Lava Jato obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados por outros veículos de imprensa, que expuseram a proximidade entre o juiz e os procuradores da Lava Jato.

Em resumo, Moro indicou testemunha que poderia colaborar para a apuração sobre Lula, orientou a inclusão de prova contra um réu em denúncia que já havia sido oferecida pelo Ministério Público Federal, sugeriu alterar a ordem de fases da Lava Jato e antecipou ao menos uma decisão judicial.

O ex-magistrado sempre repetiu que não reconhece a autenticidade das mensagens, mas que, ainda que fossem verdadeiras, não contêm ilegalidades.