Serathiuk expõe proposta para Curitiba

O delegado regional do Trabalho Geraldo Serathiuk, que é filiado ao PTB, apresentou na quinta-feira ao deputado federal Iris Simões, à executiva municipal e aos candidatos a vereador do partido uma proposta ao programa de governo que o PTB deverá defender na sua campanha visando a Prefeitura de Curitiba.

Serathiuk, que já trabalhou na coordenadoria de programas da Prefeitura de Curitiba na gestão do prefeito Roberto Requião e foi secretário municipal de Planejamento de Almirante Tamandaré e diretor-geral da Câmara Municipal de Curitiba, fez uma retrospectiva histórica do planejamento de Curitiba, desde o plano Agache, passando pelo plano Seret, implantação do Ippuc, o modelo de gestão e orçamento participativo do prefeito Maurício Fruet, a consolidação das administrações microrregionais na administração do prefeito Roberto Requião, relembrando dessa época o programa dos mercadões – implantado pelo então secretário municipal de abastecimento Jorge Miguel Samek, das operações concentradas nos bairros e das construções dos postos de saúde, escolas e creches na periferia de Curitiba.

O delegado regional do Trabalho traçou uma panorâmica do processo de industrialização de Curitiba e Região Metropolitana, e os efeitos causados com o crescimento exagerado da população, trazendo o aumento do desemprego, criminalidade e o impacto ambiental no processo de ocupação. Desse contexto, Serathiuk mostrou que os municípios da região não estavam preparados para receber a população e até hoje não dispõem de orçamento para investir em educação, saúde, habitação e geração de emprego.

Em razão disso, ele propôs ao PTB que defenda um programa com um viés onde a questão metropolitana e as políticas de emprego e renda sejam centrais. Para viabilizar esse projeto, sugere a criação de um fundo de compensação para os municípios que receberam população, mas não receberam empresas em seus territórios, e que têm dificuldades na construção de equipamentos urbanos. Outras propostas foram a de criação de uma política de emprego e renda, com a implantação nas administações regionais, de coordenadorias de popularização do crédito, microcrédito e de qualificação profissional, como forma de combater o desemprego. Neste sentido, defendeu a implantação de usinas de reciclagem de lixo em municípios da região e uma política de qualificação e comercialização do lixo urbano, acabando com os atravessadores e o monopólio de empresas privadas no setor, gerando renda para os catadores, que são milhares.

Também aproveitou para propor o apoio ao projeto de ecoturismo da Emater como forma de geração de emprego e renda, e o aumento da taxa de permanência dos turistas que vêm a Curitiba. Sugeriu ainda um estudo em profundidade das cadeias produtivas da informalidade para se implantar políticas de crédito e qualificação, gerando assim emprego e renda.

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