Acesso proibido

Separação de pistas na BR-116 gera prostestos

Moradores e comerciantes do Campo do Santana e Caximba estão preocupados com a possível colocação de muretas separando as pistas em toda a extensão da BR-116 entre Curitiba e Fazenda Rio Grande. A concessionária responsável pela obra já coloca muretas entre a pista original e a parte duplicada. Segundo os moradores, se houver muro em toda a rodovia, os motoristas não poderão fazer as travessias na estrada, como ocorre atualmente.

Grupo de moradores e comerciantes se mobilizam contra o possível bloqueio. A Rua Jorge Tortato, por exemplo, é usada por quem vai do Campo do Santana e do Caximba para chegar até a rodovia. Em seguida, os motoristas entram à esquerda para ir sentido Curitiba. Existem outros pontos em que os condutores cruzam a estrada para acessar diversas localidades.

“Se fecharem com as muretas, não teremos alternativas. O motorista terá que ir até Fazenda Rio Grande ou até a Ceasa para fazer o retorno”, comenta Jadir Silva de Lima, da Aliança de Desenvolvimento Comunitário da Caximba. De acordo com ele, a Autopista Planalto Sul apresentou projeto aos moradores para instalar um sinaleiro no cruzamento da Rua Jorge Tortato com a rodovia, mas a proposta foi reprovada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Preocupação

Segundo Rita Pelanda, proprietária de posto de combustível, comerciantes e moradores notaram que não haveria retornos entre Curitiba e Fazenda Rio Grande. “Haverá problemas com os funcionários, que precisariam fazer este enorme retorno até a Ceasa, sendo que a maioria mora em Fazenda Rio Grande”, explica. A empresária Alessandra Tortato, que administra um areial e um salão para eventos na região, também está preocupada. “Se isto ocorrer, a gente perde o direito de ir e vir no próprio bairro. Se você quiser ir na igreja, teria que andar um quilômetro até o retorno e depois percorrer tudo isto de novo”, afirma Alessandra.

Busca de alternativa

A Autopista Planalto Sul informou que não vai fechar nenhum acesso ao Caximba. A concessionária ressalta que esta é uma medida paliativa até o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) se manifestarem com a solução definitiva. Segundo a concessionária, as obras dependem deste posicionamento, pois o Ippuc está relacionado com a continuação da Linha Verde e a Comec cuida da região metropolitana. Os dois órgãos prometeram se manifestar hoje sobre o assunto.