O Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) protocolou ontem junto à Promotoria Pública Estadual e ao 10.º Distrito Policial de Curitiba, uma denúncia crime contra a Guarda Municipal de Curitiba, devido aos fatos ocorridos na reintegração de posse de um terreno do Ganchinho, na última segunda-feira.
Segundo líder do movimento, Anselmo Schwertner, o pedido também é para que o Ministério Público identifique o responsável pelos sem-teto e cobre deste a imediata colocação das pessoas em local adequado. “Além desses órgãos, o Ministério das Cidades e até a Organização das Nações Unidas (ONU) receberam cópia de nossa denúncia”, alertou.
Schwertner explicou que no próximo dia 16 o movimento pretende participar de uma audiência pública, que pela pretensão dos sem-teto terá a presença do governador Roberto Requião (PMDB). “Faremos uma vigília em frente à Catedral Basílica de Curitiba das 15h do dia 15 até às 9h do dia 16”, contou, destacando que vários movimentos sociais da capital são solidários ao MNLM. Conforme o sem-teto, o déficit habitacional do Paraná chega a quase 1 milhão de moradias.
Na terça-feira, a Procuradoria Geral do Município de Curitiba protocolou uma representação criminal contra o MNLM no 1.º Distrito Policial da cidade.
Os sem-teto envolvidos no episódio permaneciam no Sindicato dos Petroleiros, mas no final da tarde eles receberam autorização para ir para o Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).