Saúde estuda alternativas ao acendedor de álcool em gel

O Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde está estudando alternativas ao atual sistema usado por restaurantes e buffets para manter os pratos aquecidos e que atualmente se vale de acendedores à base de álcool em gel.

Na semana passada, o órgão destacou equipes de fiscalização da Vigilância Sanitária para fazer a busca ativa e interdição de todos os lotes do acendedor da marca Da Ilha, associada à morte de dois trabalhadores de restaurantes, ocorridas este ano.

Quando reabasteciam o dispositivo onde a chama é acesa, o produto explodiu, causando incêndios que atingiram grandes áreas de seus corpos. Contrariamente a esse resultado, mensagem no rótulo da embalagem informava que o produto “não explode”.

Entre quinta e sexta-feira da semana passada, foram visitados sessenta locais e tirados de circulação 2140 quilos do acendedor em embalagens de 4,3 quilos, 1,7 quilo e 13 quilos. O produto foi encontrado em treze locais – duas distribuidoras e onze restaurantes.

Combustível

Além do produto procurado, também foram encontrados e interditados acendedores das marcas Ecoflame e Supergel – consideradas irregulares porque não trazem informações claras sobre manejo e riscos.

Outra irregularidade grave detectada em três locais foi o uso de álcool combustível para alimentar a chama. Esse produto é altamente inflamável e, por isso, perigoso. No auto de infração desses estabelecimentos, a constatação funciona como agravante do risco potencial.

“Uma coisa é o responsável por um estabelecimento ser levado a acreditar que estava usando um produto idôneo, como é o caso do acendedor interditado. Outra é alguém fazer uso de algo que sabidamente representa perigo, caso do álcool combustível”, explicou diretor do Centro, Sezifredo Paz.

A busca do acendedor Da Ilha continua esta semana. Quem a tiver em seu estoque, mas ainda não recebeu a visita da fiscalização, poderá solicitar ao seu distribuidor que providencie o recolhimento do produto.