Saúde de Cascavel em estado de alerta

O governador em exercício do Paraná, Orlando Pessuti, determinou ontem prazo de 15 dias para que a auditoria que investiga a origem da dívida que está sendo cobrada do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Cisop) seja esclarecida. O órgão afirma que a conta é do Hospital Universitário (HU), ligado à Universidade Estadual de Cascavel (Unioeste). O Cisop está com as contas bloqueadas por ordem da Justiça Federal e pode fechar as portas na próxima semana. Com isso, pacientes de 25 municípios da região podem ficar sem o atendimento de médicos especialistas.

Segundo o presidente do Cisop, Edevílson Tomás Fabrício, a entidade está com cerca de R$ 5 milhões em dívida com credores e tributos fiscais. No entanto, ele alega que a conta foi feita pelo HU que utilizou até o ano passado o CNPJ do consórcio para a compra de insumos e o pagamento de prestação de serviços. Além disso, não fez o recolhimento das contribuições previdenciárias, trabalhistas e fiscais. Agora, a Justiça Federal da cidade solicitou o bloqueio das contas do Cisop até que os débitos com a Receita Federal sejam quitados.

Edevílson diz que o órgão vem lutando em duas frentes para resolver o problema. Esta semana houve um encontro com a Justiça Federal para reverter o bloqueio das contas e há a possibilidade de um encontro intermediado com a Receita Federal. Se isso não ocorrer hoje e as contas não forem liberadas até segunda-feira, eles vão fechar as portas.

Ontem, representantes de vários municípios também estiveram em Curitiba para cobrar uma solução. Tiveram um encontro com Pessuti, com a secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Puppato, e representantes da Secretaria da Saúde. ?Esse problema vem desde 2002 e até hoje não temos clareza para saber se a responsabilidade é do HU, da Unioeste, do Cisop ou do governo?, disse Pessuti.

Postos de saúde

Mas os problemas da saúde em Cascavel não param. O Ministério Público do Trabalho determinou a extinção do convênio que a Prefeitura tinha com a Associação Nova Aliança (ANA), que mantinha 520 profissionais terceirizados nos postos de saúde. O MPT considerou irregular a terceirização da mão-de-obra. A Prefeitura se comprometeu a finalizar o contrato em 31 de julho. Fez concurso, mas não conseguiu preencher todas as vagas. Por isso, o Tribunal de Contas da União autorizou, em caráter emergencial, a contratação temporária de 44 médicos para as unidades de saúde. No entanto, a situação só deve ser normalizada em duas semanas.

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