Sanepar pede sugestão a prefeitos

Os prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba estão sendo convidados pela Comec, Sanepar, IAP e Suderhsa, a apresentar propostas para redirecionar o planejamento urbano dos municípios que tenham áreas de mananciais. A primeira reunião, entre as instituições estaduais e as prefeituras, será realizada no dia 16 de outubro.

A diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa, propôs uma atuação conjunta entre os órgãos do governo, visando a proteção dos mananciais, após analisar o Plano de Proteção Ambiental e Reordenamento Territorial, o PPART. “Precisamos escolher a melhor metodologia para garantir os recursos hídricos para essa região. Se cada instituição lutar sozinha não haverá resultados. Para contornar o problema, as políticas públicas e o gerenciamento efetivo dos recursos hídricos devem ser feitos de maneira responsável e integrada”, afirma Maria Arlete.

Segundo Cleverson Andreolli, pesquisador da Sanepar, tecnicamente o PPART é um estudo muito bem feito. Ele apresenta os custos para a preservação dos recursos hídricos e reconhece a necessidade de restringir os níveis territoriais sujeitos à ocupação. “Porém, a base de cálculo vai apenas até 2020”, diz. Para Andreolli, o limite do planejamento é muito curto.

Os estudos realizados pela Sanepar fazem previsão para até 2050, e concluem que, a partir de 2020, a situação dos mananciais irá piorar. Se os problemas de escassez e poluição da água não forem resolvidos rapidamente, os riscos sociais e de saúde podem se acentuar. Andreolli alerta, também, que, se o planejamento urbano não prever a proteção dos recursos hídricos, a partir de 2020 haverá “uma grande crise no abastecimento de água”.

Os estudos da Sanepar indicam que a partir de 2020, a empresa terá de captar água a 50 quilômetros, nas bacias de Várzea e Açungui. “O custo é bem maior do que se fosse feita a recuperação e preservação nas áreas dos atuais mananciais.”

A Sanepar espera que os prefeitos criem os mecanismos para induzir o crescimento para o sudoeste, lado oposto ao dos mananciais, e que seja traçado um planejamento urbano com o objetivo de proteger os recursos hídricos.

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