As equipes de prontidão são compostas por pelo menos uma ambulância e um caminhão ABTR (Auto-bomba-tanque de resgate). Nas unidades mais estratégicas para o deslocamento de reforço, como é o caso do quartel central, onde fica o Comando do Corpo de Bombeiros (CCB), a prontidão ainda conta com um caminhão de apoio. Existe ainda uma ambulância identificada como Siate médico que é deslocada para todas as ocorrências de Curitiba e RMC envolvendo vítimas em estado grave. É de responsabilidade do Centro de Operações Bombeiros Militares (Cobom) acionar a equipe que atenderá cada ocorrência. Os médicos do Siate se dividem entre intervencionistas, que acompanham a equipe do Siate médico, e os que coordenam o encaminhamento da vítima para o hospital que está apto a receber.
No mundo, as estatísticas relacionadas aos acidentes de trânsito dão conta que 50% das vítimas não sobrevivem por conta da gravidade do trauma, as outras 50% têm a sobrevivência relacionada a agilidade e eficiência do atendimento pré- hospitalar recebido.
O modelo do Siate começou do zero. Na época, o país não fabricava nem colares cervicais, macas de transporte, tão pouco ambulâncias para esse fim (veja o histórico). “Partimos do zero, amparados na experiência de outros país. Além de resolver a estrutura, tivemos que capacitar profissionais para o atendimento pré-hospitalar e os próprios médicos que recebiam esses pacientes. Porque antes, com aquele transporte precário, as vítimas mais graves morriam no caminho”, explica o médico fundador do Siate, Ricardo Rydygier de Ruediger.
Diferença entre Samu e Siate
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) iniciou suas atividades na década de 2000, por meio do telefone 192, e é gerenciado pelo Ministério da Saúde. Ele é destinado a o atendimento de casos clínicos, como problemas cardiorrespiratórios, Acidente Vascular Cerebral (AVC), intoxicação e crises hipertensivas. A ambulância do Samu tem uma estrutura de UTI móvel. Já o Siate é acionado pelo 193 para traumas.