Rizzi mostra vantagens da integração a deputados

A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) ainda não preenche os indicadores de produção intelectual previstos no artigo 52 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), editada em 1996. Os indicadores referem-se à qualificação docente mestrado e doutorado suficientes.

Num quadro de integração proposto pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), as doze faculdades que compõem a Unespar automaticamente atenderiam a esse requisito da lei, tendo ainda outras vantagens como maior acesso a fontes de fomento e financiamento, condição esta já atingida pela UEL, UEM e UEPG.

Na nova estrutura, a Unespar seria extinta e suas unidades funcionariam como campi das universidades de Londrina, de Maringá e de Ponta Grossa (UEPG). Detalhes dessa proposta foram apresentados na tarde de ontem aos deputados da Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Assembléia Legislativa pelo secretário Aldair Rizzi.

Desvantagens

“O desenho da Unespar incorre no equívoco de apresentar excessiva dispersão geográfica, identidade regional difusa e conflitante com sua constituição, além de baixa qualificação acadêmica para atender aos requisitos mínimos da LDB”, aponta o estudo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Essa realidade, além de indicar a necessidade de altos investimentos por parte do governo do Estado, deixa claro, também, que a estrutura concebida está na contramão da racionalidade administrativa, diz o documento.

Para se ter uma idéia, a soma das distâncias a serem percorridas ? idas e voltas ? para que todas as unidades visitem uma única vez a sede administrativa central da Unespar, que fica em Jacarezinho, ultrapassa a 5 mil quilômetros, bastante superior à média que seria gasta para chegar até as universidades de Londrina, Maringá e Ponta Grossa, cerca de 2.300 km.

Vantagens

O estudo da Seti aponta, ainda, as seguintes vantagens da integração: forte identidade regional para todas as universidades estaduais; intercâmbio das experiências acumuladas em pesquisa e extensão, pelas universidades consolidadas, com as novas unidades integradas; programa de capacitação docente inter e intra-institucional, por meio de 69 programas de mestrado e quinze de doutorado; melhora acadêmica por meio da sinergia criada entre os campi da nova organização universitária; racionalização e melhoria dos cursos/habilitações, com maior verticalização no ensino (graduação e pós-graduação); diploma de universidades consolidadas formal e conceitualmente estendido aos alunos das faculdades integradas; composição e estrutura mais racional e menos onerosa do ponto de vista administrativo; e economia financeira que pode ser redirecionada a outras áreas prioritárias das instituições.

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