Reunião com reitores das universidades estaduais termina sem acordo

Reitores das universidades estaduais se reuniram ontem com a secretária de estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lígia Pupato, para discutir propostas para os professores, que pretendem entrar em greve a partir de agosto. Porém, as negociações não avançaram e alguns representantes de sindicatos de professores já avisaram que o indicativo de paralisação continua.

A assessoria da secretaria não informou o que foi discutido na reunião. Segundo o presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), Antônio Alpendre da Silva, dois pontos estiveram em pauta: o reajuste de 6,57% (que já havia sido confirmado para os docentes) e a criação de uma comissão que terá o objetivo de discutir a reestruturação da carreira dos professores das universidades estaduais. Para Silva, o momento não é propício para ?fazer movimentos grevistas?. ?Temos que continuar negociando com o governo, que, apesar das dificuldades financeiras, está nos atendendo?, disse.

Mas os representantes dos professores estão indignados e afirmam que as negociações não avançaram nada desde o mês passado, o que indica que realmente haverá greve a partir de agosto. ?Entendemos que tudo que foi discutido ontem não representa nenhum avanço nas negociações; o aumento de 6,57% é muito pouco. O governo ainda fica nos devendo as perdas acumuladas, que variam de 22 a 47%, dependendo da categoria do professor?, disse o presidente do Sindicato dos Docentes da Unioeste, Luiz Fernando Reis. Já Sérgio Nardini, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, disse que não tinha conhecimento da reunião com a secretária. ?Não temos mais tempo para essas reuniões, o discurso é sempre o mesmo, o governo diz que não tem recurso para atender nossas reivindicações. A comissão formada para discutir a reestruturação da carreira não significa nada para nós?, indignou-se.

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