O Batalhão de Polícia de Trânsito do Paraná (BPTran-PR), em parceria com o Sindicato das Seguradoras do Paraná (Sindiseg-PR), lançou ontem em sua sede, em Curitiba, o Projeto de Fotografia do Local de Acidente de Trânsito, que é pioneiro no País. A partir de agora, acidentes de trânsito ocorridos nas ruas da capital paranaense serão fotografados com câmeras digitais e, no caso de acidentes mais graves, gravados em vídeo digital.
Segundo a relações públicas do Bptran, Débora Cristina Scremin, antes do lançamento do projeto, os policiais que notificavam os sinistros faziam um boletim de ocorrência e o croqui à mão. “Agora, as informações contidas no boletim de ocorrência serão complementadas pelas imagens digitais, garantindo uma maior precisão e clareza dos fatos”, garante.
As imagens também poderão servir como elementos informativos para complementação em inquéritos policiais, questões processuais civil e criminal. “Muitas vezes, quando alguém entra na Justiça devido a um acidente de trânsito, os policiais que cuidaram do caso são chamados para depor. Porém eles atendem tantos casos que é comum não se lembrarem claramente de um específico”, afirma Débora. “O uso das imagens servirá para reavivar a memória deles ou mesmo poderão fazer com que o depoimento se torne desnecessário.”
Seguradoras
Para as seguradoras, de acordo com o presidente da Sindiseg-PR, João Gilberto Possiede, o uso de câmeras fotográficas e de vídeo digitais vai gerar um aperfeiçoamento no sistema de avaliação dos sinistros, evitando fraudes.
O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros e de Capitalização do Paraná, Artur Hoff, chega a cogitar a hipótese de a utilização das imagens influenciar no preço dos seguros. “As seguradoras terão menos prejuízos e poderão baixar seus preços”, explica.
Foram adquiridas dez câmeras digitais para imagens estáticas, quatro para gravação em vídeo e dois computadores de última geração, além de softwares específicos de processamento. O investimento total foi de R$ 260 mil, sendo R$ 100 mil por parte do Sindiseg-PR e R$ 160 mil por parte do BPTran. A idéia é, no futuro, expandir o uso do sistema para todo o Estado.