Redutor não multa desde novembro

Desde que começou a funcionar, em 28 de abril de 2005, o redutor eletrônico de velocidade na BR-376, no quilômetro 653, na conhecida curva do Vossoroca, cumpriu seu papel, salvando vidas, mas não poupando o bolso de motoristas que foram flagrados em velocidades superiores à estabelecida: 60 quilômetros por hora. Com a geometria comprometida, antes da instalação do aparelho, freqüentemente veículos em alta velocidade ignoravam os avisos de curva perigosa e iam de encontro à mureta de proteção, ou não raro, às águas da represa do Vossoroca, ao lado da curva. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde a instalação do aparelho não foi registrado mais nenhum acidente no local.

Mas desde novembro, quando terminou o contrato do governo federal com as empresas responsáveis pela manutenção das 298 lombadas iguais a essa em todo o País, não foi emitida qualquer multa no Vossoroca, apesar de o aparelho continuar em funcionamento. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, desde o fim do contrato, nenhuma infração foi registrada por quaisquer desses aparelhos em todo o Brasil, mesmo que em alguns trechos o governo tenha pagado o valor da manutenção. No trecho paulista da Régis Bittencourt, que liga Curitiba a São Paulo, há 13 aparelhos desse tipo, todos na mesma situação.

Como as luzes de advertência no Vossoroca ainda estão em funcionamento, os motoristas que trafegam na rodovia ainda diminuem a velocidade com medo de serem multados. A assessoria de imprensa do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes no Paraná (DNIT-PR) sugeriu à reportagem não publicar a notícia, pois teme que o local volte a ser palco de acidentes, motivo que teria levado o órgão a não divulgar a situação atual do equipamento. O DNIT-PR informou que a lombada deve voltar a multar já na próxima semana. De acordo com a Folha, porém, a decisão sobre a renovação dos contratos só deve ser tomada em fevereiro. A reportagem de O Estado procurou a assessoria do órgão em Brasília, mas não obteve resposta.

O DNIT paranaense revelou que está em estudo em Brasília a mudança da geometria da curva, o que a tornaria mais segura para os motoristas e poderia elevar a velocidade máxima do trecho para 80 quilômetros por hora.

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