História

Recuperado prédio que abrigou a primeira rádio do Paraná

Uma grande reforma restaurou o Belvedère, uma das principais atrações turísticas do Centro Histórico, localizado na Praça João Cândido, em Curitiba, e que estava ocioso há muito tempo. A palavra é de origem italiana, significa bela vista e Belvedère é todo edifício construído em lugares altos, servindo de mirante.

O investimento do governo do Estado vai desde melhorias na estrutura, passando por restauração de detalhes antigos até a instalação de equipamentos modernos de segurança.

“O Belvedère estava em condições bastante precárias. Nós o recuperamos e demos uma nova instalação ao edifício para que pudesse abrigar o posto policial”, explicou o secretário Estadual de Obras Públicas, Júlio de Araújo Filho. Ele afirmou ainda que o prédio de quase 100 anos já passou por algumas reformas, mas nenhuma tão significativa quanto essa.

Construído em 1915, na gestão do prefeito Cândido Ferreira de Abreu, o Belvedère do Centro Histórico já abrigou, em 1922, a primeira emissora de rádio do Estado, a PRB-2. Em 1931, foi transformado em observatório astronômico e meteorológico e, em 1962, serviu de sede para a União Cívica Feminina. Além disso, também abrigou o grupo dos escoteiros.

O Belvedère foi construído com estilo “art nouveau”, visível principalmente na composição das varandas, na forma dos vãos, nos desenhos ressaltados nas fachadas e nos guarda-corpos recortados em madeira.

Depois da reforma, o estilo foi ressaltado. “Houve uma época em que este prédio estava totalmente abandonado. Agora sim está como deveria ser um prédio público”, disse o feirante Santo Strapasson.

Ruínas do São Francisco

O Belvedère está ligado às ruínas do São Fracisco. Alguns relatos dão conta de que no século XVIII, por ser o ponto mais alto da cidade, os franciscanos iniciaram a construção de um convento, que não chegou a ser concluí-lo.

As ruínas tornaram-se atração, com sua arquitetura em pedra. A denominação do local, de Alto de São Francisco, também seria uma referência à presença da Ordem Franciscana.

Até o início do século passado ainda existia a capela. Porém, a precariedade da conservação levou o então prefeito a construir no local o Belvedère, já que do ponto, via-se toda a cidade.

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