Reciclagem de embalagens lubrificantes obrigatória

Mais uma determinação para proteger o meio ambiente foi apresentada ontem, em Curitiba. Agora, a ordem da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e do Ministério Público (MP) estadual é encaminhar embalagens de lubrificantes recolhidas em postos de combustíveis para centros de reciclagem localizados em três locais estratégicos no Paraná: Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, Londrina, no norte, e em Cascavel, no oeste.

Inicialmente, a idéia é atingir 1,1 mil dos 2,5 mil postos do Estado. Somente estes geram 300 mil embalagens por mês.

Uma empresa que trabalha com coleta de resíduos (o grupo Taborda) vai operar seis caminhões que deverão passar nos postos uma vez a cada mês.

Dos postos, o material vai direto para a reciclagem, onde será lavado e triturado, transformando-se em matéria-prima. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Paraná (Sindicombustíveis-PR), Roberto Fregonese, os proprietários dos postos já estão recebendo correspondências que alertam sobre a destinação das embalagens. ?É uma questão de responsabilidade social?, afirmou.

Foto: Fábio Alexandre

Coleta de embalagens deve ser intensificada em todo o Estado.

O plástico leva de 300 a 400 anos para se deteriorar na natureza. Sem falar que as embalagens de lubrificantes depositam produtos tóxicos no meio ambiente.

O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, afirmou que a separação da embalagem é obrigatória. ?Quem não destina corretamente esse tipo de material está sendo solidário ao crime?, disse.

Depois dos postos, a meta é recolher os recipientes em outros locais que geram esses materiais. Segundo o diretor da área de Lubrificantes do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Eduardo Freitas, para mudar os conceitos de meio ambiente deve haver um mudança cultural. Ele disse que o objetivo da ação, que faz parte do Programa Desperdício Zero da Sema, é chegar em todo o Paraná o mais rápido possível e aprimorar o modelo de coleta.

Sema dá prazo a empresas

Ligia Martoni

A partir de 1.º de julho, os fabricantes de lâmpadas fluorescentes começarão a ser autuados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).

As multas podem variar de R$ 500 a R$ 50 milhões. Ontem, uma nova reunião aconteceu em Curitiba com representantes do MP, da Sema e dos fabricantes das marcas Philips, Osram, General Eletric e Silvanya.

O encontro foi marcado para que as empresas fabricantes apresentassem propostas para solucionar os problemas ambientais causados pelo descarte desses produtos. Mas nada de concreto foi proposto e, segundo o secretário da Sema, Rasca Rodrigues, a paciência esgotou. ?A fase da saliva acabou. Nada de produtivo foi trazido?, afirmou.

O posicionamento dos fabricantes é de que a responsabilidade pelo destino dos produtos é dos grandes geradores, não das próprias empresas. De acordo com a Sema, discussões sobre o problema com os fabricantes ocorrem há dois anos.

Problemas em Londrina

Hélio Miguel

Os problemas com a gestão do lixo em Londrina parecem não ter fim. Dessa vez, a questão está no lixo reciclável. As organizações não-governamentais (ONGs) que fazem o recolhimento nas residências não estão recebendo da Prefeitura as sacolas necessárias para fazerem o trabalho.

Os ?sacos verdes?, como são chamados, são entregues pela Prefeitura para as ONGs – são 35 na cidade – e estas, por sua vez, os distribuem em casas e prédios, mediante a entrega de sacos cheios de lixo reciclável.

?A Prefeitura não está mais repassando os sacos necessários?, diz a coordenadora da ONG Reciclando Vidas, Verônica Costa. Ela conta que o problema começou há duas semanas.

De acordo com a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina, a situação deve se normalizar na semana que vem. Devair Almeida, coordenador da Coleta Seletiva da companhia, informa que o problema começou porque houve um ?aumento repentino?, entre abril e maio deste ano, de casas e prédios que separam o lixo.  

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