Reajuste não agrada servidores do Sismuc

A proposta de reajuste salarial de 6,77%, apresentada ontem pela prefeitura de Curitiba, não agradou o funcionalismo. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), que representa 35 mil trabalhadores, a administração apenas zera a inflação dos últimos 12 meses, acompanhando a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mas não traz ganho real. A categoria pleiteia correção de 40% para cobrir as perdas históricas no salário (9,24%), a isonomia com o magistério (8,69%), além de 10% de aumento real. Na reunião ontem à tarde com sindicalistas, a secretária de Recursos Humanos, Meroujy Cavet, sinalizou que o índice de 6,77% é o limite para a negociação. A ideia é implantar o reajuste a partir de abril.

Mas o Sismuc destacou alguns avanços consideráveis na rodada de ontem, como a incorporação de 100% do Programa de Produtividade e Qualidade (PPQ), no valor de R$ 275, distribuídos em três parcelas até agosto. Os servidores que não ganham PPQ contariam com abono salarial de R$ 283, em parcela única.

Vantagens

O sindicato também classificou de positivo o aumento do piso salarial da prefeitura. A proposta é que nenhum servidor ganhe menos de R$ 1.100 até novembro. Hoje o menor valor pago é R$ 811,63. Estes valores seriam válidos também para aposentados e pensionistas do IPMC e se estenderiam para benefícios, como o 13.º salário. A prefeitura admite ainda a possibilidade de reposição das greves dos educadores e as gerais de 2011 e 2012.

A secretária Meroujy promete iniciar nos próximos dias os estudos para a criação, reestruturação e aperfeiçoamento dos planos de cargos e salários, cuja implantação está prevista para a partir do ano que vem.