Reajuste de docentes das universidades estaduais segue indefinido

Depois de pelo menos oito reuniões do Grupo de Trabalho para Revisão do Plano de Carreira Docente – que envolve professores das universidades estaduais e representantes do governo do Estado -, ainda não há uma proposta efetiva de reajuste salarial para a categoria.

Os docentes continuam descontentes, pois as defasagens salariais variam de 36% a 56%, dependendo da categoria do profissional. Por conta disso, representantes sindicais solicitaram uma reunião na semana que vem com a secretária de estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, com o secretário de Planejamento, Enio Verri, e com a secretária de Administração e Previdência, Maria Marta Lunardon. A expectativa dos docentes é que conversando diretamente com os secretários seja mais fácil a negociação e a colocação de propostas.

Cinco universidades estaduais compõem o grupo de trabalho. O representante do Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Sérgio Gadini, afirma que é inadmissível que depois de oito reuniões não haja uma proposta de reajuste salarial. ?Pensamos em fazer paralisação, mas o governo disse que estava aberto ao diálogo. Foi o que fizemos, mas esperávamos que isso surtisse efeito, porém, no oitavo encontro, os representantes do governo disseram que não podem propor nada em função do orçamento. Isso é um desrespeito?, disse o professor. Ele afirmou ainda que se não houver uma posição do governo este mês, a possibilidade de greve volta a ganhar força. ?Estamos pensando em não iniciar as aulas no começo do ano?, disse.

A categoria espera que os secretários levem o problema ao governador Roberto Requião até o dia 15 deste mês. O professor Luiz Fernando Reis, do Sindicato dos Docentes da Unioeste, diz que todos estão na expectativa para a reunião. ?Esperamos que haja algum avanço na questão do reajuste salarial?, comenta Reis.

Em agosto deste ano, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) autorizou um reajuste de 6,57% para os professores das universidades estaduais. O valor causou indignação nos docentes, pois eles consideraram que o aumento não seria suficiente devido à grande defasagem. Ontem, a Seti informou que a reunião com os secretários ainda não foi agendada e que uma possível proposta será feita depois que os professores apresentarem as conclusões do grupo de trabalho. 

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