Na tentativa de pegar um balão que caiu na Represa do Passaúna, em Araucária, Marcelo Andrade do Amaral, 25 anos, foi atingido por uma descarga elétrica de um fio de alta tensão, no qual o objeto estava preso.
Segundo o sargento Rezende, do Corpo de Bombeiros, Marcelo e um amigo acompanhavam o balão na manhã desta domingo (06), quando ele caiu na represa. “Ele tirou a roupa e entrou no lago para buscá-lo. O balão enroscou na alta tensão e deu a descarga. A vítima ainda tentou voltar, mas não conseguiu e submergiu”, afirmou.
A potência do choque, conforme o sargento, foi de 500 mil volts. Conforme o que o amigo de Marcelo relatou aos bombeiros, o balão não foi solto por eles.
O sargento explicou que os técnicos da Eletrosul, empresa responsável pela rede de energia, disseram que o desligamento acarretaria na queda de energia de uma cidade, mas o redirecionamento da carga de outro local estava programado. E para que o corpo pudesse ser resgatado primeiro seria necessário retirar o balão da água.
Procurado pela reportagem, o Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) informou que a energia elétrica foi desligada somente por volta das 17h. Assim, com a chegada da noite, não houve condições de efetuar o resgate ainda ontem, ficando os procedimentos para a retirada do corpo do lago programados para hoje.
“É uma prática que pode causar grandes tragédias. Por conta de uma vaidade, uma cidade pode ficar sem energia e pessoas estão sujeitas a morrer em hospitais, por exemplo”, comentou Rezende, sobre o balonismo. Ele disse que, enquanto atendia a ocorrência, outro balão caiu em Araucária, próximo à Refinaria Getúlio Vargas (Repar).
Crime
Os meses de junho e julho costumam ter um número maior de registro de quedas de balões, por conta das festas juninas. A prática é considerada crime ambiental e quem solta balão está sujeito a uma pena de um a três anos de prisão.