Quatro mortes na explosão em Paranaguá

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Dos 28 tripulantes que estavam
a bordo no momento da explosão,
24 foram resgatados.

Paranaguá – Duas das quatro vítimas que morreram na explosão do navio chileno Vicuña, em Paranaguá, ainda continuam desaparecidas. Na manhã de ontem, foi localizado o corpo de José Obreque Manzo, e por volta das 16h, o de Juan Carlos Sepulvida Andriassola. Ambos eram chilenos. O Corpo de Bombeiros continua as buscas pelo argentino Alfredo Omar Vidal e o chileno Ronald Pemã Rios. O fogo só foi extinto às 18h24 de ontem. Bombeiros, no entanto, continuavam o trabalho de rescaldo. Um efetivo de 50 homens combateu as chamas.

Vinte e oito pessoas estavam no navio no momento do acidente. Vinte e quatro foram resgatadas pela equipe de apoio, após descerem em botes salva-vidas. Elas foram encaminhadas para hotéis de Paranaguá.

O Vicuña, fretado pela Petrobras, pertence à Sociedad Naviera Ultragas (Chile) e foi agenciada pela Wilson Sons Agência Marítima. O navio veio de Rio Grande (RS) e tinha a cidade de Campana (Argentina) como destino principal, segundo a Capitania dos Portos do Estado do Paraná. Ele chegou ao terminal de produtos inflamáveis no Porto de Paranaguá com 14 milhões de litros de metanol. A empresa Cattalini Terminais Marítimos realizava o desembarque do material.

Nove milhões de litros já haviam sido retirados do navio, quando aconteceu a explosão em dois tanques da embarcação. O Corpo de Bombeiros (CB), a Defesa Civil e outras entidades presentes no local informaram que os 5 milhões de litros restantes devem ter vazado.

Além do metanol, o navio carregava 1.150 toneladas de óleo combustível tipo bunker e 150 toneladas de óleo diesel. Essas substâncias estão sendo retiradas da embarcação, mas parte delas ainda vaza na Baía de Paranaguá. A estimativa do CB é que somente hoje pela manhã o produto seja contido. Logo depois da explosão, o navio se partiu no meio e atingiu o fundo do mar, cuja profundidade é de 10 metros na área do acidente. Os terminais da Cattalini e da Petrobras estão interditados por tempo indeterminado.

Suspensas

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Eduardo Requião, confirmou que por medida de segurança as atividade no Porto de Paranaguá foram suspensas por seis horas depois das explosões. Segundo Requião, o incidente nada tem a ver com o porto, por se tratar de uma cais privado. No entanto, a superintendência estará dando o apoio necessário para que os responsáveis sejam identificados e punidos. Ela afirma que o incidente não traz prejuízos ao porto. "O único prejuízo são as quatro vidas que se foram com a explosão", falou.

Tragédia marca capitão

O capitão de mar e guerra Osmar Pedro da Cunha, da Capitania dos Portos do Estado do Paraná, considerou a explosão como "um dos maiores acidentes da história da navegação".

Cunha afirmou que os tripulantes sobreviventes ainda não foram ouvidos sobre o acidente, pois ainda "não estariam em condições de receber equipes do órgão".

As causas das explosões são desconhecidas. Um Inquérito de Acidentes ou Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado para apurar os motivos. Os resultados deverão ficar prontos em trinta dias. O grupo de apoio técnico da Diretoria de Portos e Costas da Marinha, do Rio de Janeiro, deveria chegar ainda na noite de ontem a Paranaguá.

O controle ambiental e o processo de salvamento do navio serão realizados por uma empresa especializada contratada pela armadora Sociedad Naviera Ultragas. Cunha acredita que o serviço vai durar cerca de dois meses. (JC)

Combustível altamente tóxico e poluente

O metanol é um álcool combustível, considerado altamente tóxico, bastante utilizado nos Estados Unidos. No Brasil, o produto é mais usado pela indústria química. Atualmente, não se tem conhecimento do uso do metanol como combustível no País.

Segundo o professor do curso de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marco Grassi, o metanol é bastante inflamável e muito solúvel em água. "Ele se dispersa com facilidade, diferente dos combustíveis derivados do petróleo. Sua evaporação também é rápida, no entanto, em grande concentração tem que se tomar cuidado, principalmente com o aparecimento de pequenas faíscas e corrente de eletricidade próximas ao local onde se encontra o metanol, e que podem gerar explosões", disse.

O processo de dissolução do metano ocorre porque os microorganismos existentes no sistema aquático degradam todo o material que entra em contato com a água. Do ponto de vista ambiental, segundo o professor, em grande quantidade, o metanol pode comprometer o ecossistema local, principalmente se houver demora para recolhimento do material.

Sobre a possibilidade de intoxicação, ele destaca que somente em casos de exposição constante com o álcool é que a saúde pode ser comprometida. (Rubens Chueire Júnior e Cíntia Vegas)

População vive momentos de tensão

Toda a população de Paranaguá se assustou com as explosões ocorridas no navio chileno Vicuña, na noite de segunda-feira. No momento do acidente, cerca de 4 mil pessoas estavam na praça situada em frente ao Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio, perto do terminal de produtos inflamáveis do Porto de Paranaguá. Todos estavam reunidos para a festa em homenagem à padroeira da cidade, que contava com o show da cantora Elba Ramalho. O espetáculo foi cancelado após o desastre.

Segundo relatos daqueles que presenciaram o acidente, um verdadeiro pânico se instalou nas pessoas, causando um grande tumulto na tentativa de fugir dos riscos. Com a explosão, muitos vidros foram quebrados e algumas casas apresentaram rachaduras. Os habitantes que estavam a muitos quilômetros de distância também ouviram o barulho da explosão.

O balanceiro Tarcísio Souza Xavier, que trabalha perto do terminal, descreveu que houve muita correria depois das explosões. "Os policiais imediatamente pediram para todo mundo correr. Tremeu tudo. O impacto foi muito grande", contou. O auxiliar Juliano de Araújo Carvalho não estava na praça no momento do acidente, mas escutou o barulho em sua casa, distante um quilômetro do lugar. Foi conferir, no dia seguinte, o que tinha ocorrido. "Deu para escutar, mas fiquei com medo de ver o que era. A explosão foi escutada até na Ilha das Peças, que fica a três horas de barco daqui", relatou.

Prejuízo

Além do prejuízo material, os comerciantes também tiveram perdas financeiras. A festa de Nossa Senhora do Rocio gera muita renda para aqueles que vendem comida, bebidas e lembranças da santa. "Deixamos tudo para trás e fomos embora. Quando era meia-noite voltamos para pegar o que tínhamos deixado, mas a área ainda estava isolada. Uma hora depois chegamos na nossa barraca. Saquearam e levaram tudo. Tivemos um prejuízo enorme porque não conseguimos vender nada antes, pois estava chovendo. É o único dia que as vendas são realmente boas por aqui", relatou a comerciante Terezinha Pereira Ferreira, que montou uma barraca para vender quitutes na festa.

O proprietário do Restaurante Zatar, Leodomingos Aver Aurichio, contabilizou muitos vidros quebrados e rachaduras na estrutura de seu estabelecimento. "A porta, com a explosão, estourou. As cadeiras de plástico que estavam vazias voaram. Naquela hora, não tinha o que fazer. Colocamos mesas nas janelas e avisei a empresa de monitoramento que os vidros estavam quebrados. Seria fácil para entrar e levar tudo. Foi muita gente gritando nos primeiros cinco minutos. Depois acalmou um pouco", contou.

Para ele, o acidente aconteceu "em boa hora", pois antes havia ocorrido a procissão, com muitas pessoas seguindo a imagem da santa até a catedral. Após o horário do acidente, aconteceria o show, que estava atraindo uma multidão até a praça. "Se fosse na hora do show, poderia acontecer uma tragédia. Muita gente seria pisoteada. Mesmo depois do acidente, muitos apareceram aqui sem saber o que estava acontecendo", declarou.

Santuário

O Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio teve janelas e vitrais destruídos com o impacto da explosão. O teto de gesso de alguns locais dentro da igreja também ficaram comprometidos. O padre Roque Sutil Gabriel, reitor do santuário, falou que não havia ninguém dentro do lugar na hora do acidente. Os romeiros já tinham chegado na catedral, depois da procissão, no momento do ocorrido. "Nós escutamos o barulho e logo depois começaram a aparecer informações sobre a explosão. Pensamos que o prejuízo tinha sido enorme. Estávamos muito preocupados. Tivemos dificuldade em voltar porque muitos carros e pessoas estavam indo embora daqui", afirmou. De acordo com ele, a seguradora foi acionada para estudar e cobrir os prejuízos em virtude do acidente. (JC)

Cattalini ainda não identificou o problema

O consultor da Cattalini na área de saúde, segurança e proteção ambiental, Henrique Lage, disse que a explosão provavelmente aconteceu em função de algum problema no navio. "Ainda é muito difícil dizer o que aconteceu, pois era uma operação rotineira de simples bombeamento. Normalmente, navios que carregam químicos são bem equipados e a tripulação é bem preparada. Não dá para saber o que aconteceu", afirmou.

A empresa divulgou ainda, na manhã de ontem, uma nota oficial, assinada por Alcindo Cruz, gerente do terminal, declarando: "O navio Vicuña, de bandeira chilena, estava descarregando metanol nos tanques da Cattalini Terminais Marítimos, quando por volta das 19h40 de 15/11/04 ocorreu uma explosão a bordo. Por parte da Cattalini, as operações transcorriam de maneira absolutamente normal, sendo que a explosão ocorreu a bordo e, no momento, as causas desta explosão são desconhecidas. Todos os esforços estão sendo feitos para minimizar os efeitos negativos desse lamentável acidente. No momento, as operações se concentram na contenção e recolhimento do óleo tipo bunker, utilizado como combustível no navio. A coordenação de todas as atividades está sendo feita pela Capitania dos Portos do Estado do Paraná".

Mancha de óleo já atinge extensão de 20 quilômetros

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Vazamento da carga causou
sérios danos ambientais.

A explosão do navio chileno Vicuña, carregado com metanol, causou sérios danos ambientais no litoral do Paraná. Além do produto químico, também estavam estocados no navio 1.150 toneladas de óleo combustível tipo bunker e 150 toneladas de óleo diesel. Parte desse material vazou. No final da tarde de ontem, manchas de óleo foram vistas na Baía de Guaraqueçaba, atingindo a extensão de vinte quilômetros, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) trabalham no sentido de ampliar as barreiras de contenção e absorção do óleo. As manchas do material atingiram, até ontem à noite, as ilhas do Mel, Peças, Cobras e Cotinga.

Em virtude disso, o IAP e o Ibama baixaram a Portaria n.º 025, proibindo a pesca e qualquer outro uso da água nas baías de Paranaguá, Guaraqueçaba e Antonina por tempo indeterminado.

De acordo com Rasca Rodrigues, presidente do IAP, a empresa Cattalini Terminais Marítimos não fez a contenção das substâncias da forma que deveria, logo após o acidente. "Logo que começou o vazamento, a área não foi circundada. Tudo foi feito de forma muito tímida. Isso prejudicou bastante. A responsabilidade na hora do acidente era da Cattalini, que mostrou não ter um plano ou condições para acidentes como esse", afirmou.

A empresa Cattalini, por sua vez, informou que técnicos de São Paulo estariam vindo a Paranaguá para ajudar nos trabalhos, assim como peritos da seguradora da empresa viriam de Londres para avaliar a retirada da embarcação.

Peixes

O Corpo de Bombeiros afirmou que houve a mortandade de peixes e que alguns botos foram encontrados sem vida, mas ainda não era possível afirmar se a causa foi a poluição ambiental. Outros animais foram vistos carregando manchas de óleo no corpo. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida. Ele sobrevoou a Baía de Paranaguá de helicóptero e esteve no local para dimensionar os danos causados pelo vazamento de combustível.

O secretário declarou ainda que o óleo atingiu as vegetações em áreas de mangue e exigiu uma solução imediata da empresa Cattalini, reincidente em acidentes como este. Porém, a informação foi desmentida por um representante da empresa, que recebeu em seguida as " desculpas" do secretário.

Inquérito

O superintendente do Ibama no Paraná, Marino Gonçalves, disse que antes de estipular o valor da multa, o órgão federal quer trabalhar para conter os danos ambientais. "Nossa preocupação é o óleo que continua vazando e não sabemos que proporção isso terá para o meio ambiente", falou.

Peritos e engenheiros da Capitania dos Portos também deverão se juntar às equipes ambientais. Porém, eles focarão os trabalhos no inquérito administrativo, que vai apontar as causas do acidente. Esse levantamento deverá ficar pronto em até 60 dias. A Polícia Federal está acompanhando os trabalhos e será responsável por um inquérito criminal.

Cattalini já transportou sem licença

"A empresa Cattalini Transportes Marítimos tem em seu histórico o transporte de produtos tóxicos sem licença ambiental." A informação é do procurador de Justiça e coordenador das promotorias de Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná, Sanit Claire Santos. De acordo com o procurador, a empresa está sendo processada pela Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária (AMAR), uma entidade que atua em todo o Estado.

A ação penal ainda está tramitando em decorrência de um acidente ocorrido há aproximadamente cinco anos no bairro do Rocio, em Paranaguá. Os moradores eram vizinhos de uma Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba e do terminal da Petrobras. "Na época, a empresa estava armazenando produtos tóxicos sem licença do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) em um depósito de granéis. Parte deste produto vazou, contaminando moradores da região", lembra Saint Claire. O material tóxico era acrilato de butila e metacrilatos.

A presidente da Amar, Lídia Lucaski, informou que a decisão sobre esse caso ainda não saiu. Logo depois desse acidente, confirma Lídia, a Polícia Federal (PF) acompanhou todo o processo de investigação sobre o vazamento de produtos tóxicos. Irregularidades no armazenamento do material nos depósitos do local também foram levantadas. "Por enquanto ainda estamos aguardando a decisão da Justiça, e não temos previsão para que isso chegue a uma conclusão", disse.

Além de atuar em todo o Estado, a Amar também acompanha casos de São Paulo e Santa Catarina. "Lembro que ,na época, os moradores das áreas atingidas tiveram que sair de casa por causa do mau cheiro e da possibilidade de contaminação. O processo está correndo na 2.ª Vara Cível de Paranaguá", afirmou. Segundo a Amar, a indenização para as famílias que tiveram que se retirar do local pode chegar à

R$ 1,8 milhão. Em 1999, outra ação foi aberta para investigar a responsabilidade da empresa, que estaria operando desde 1992 ilegalmente na região. Na época, a Cattalini informou que tinha apresentado o pedido de licença de instalação no local. (Rubens Chueire Júnior e Cíntia Vegas)

Informações gerais:

Metanol (CH3OH)

Líquido incolor, volátil, com odor alcoólico levemente adocicado

Usos: produção de formaldeído, em tintas, vernizes e tinturas, como combustível, etc. Na indústria de petróleo, é usado na área do refino nas unidades de destilação e nos laboratórios como solvente.

Sinônimos: álcool metílico, espírito colonial, metil carbinol, álcool de madeira, metil álcool.

No Brasil, o limite de tolerância à exposição do metanol fica em 156ppm (partes por milhões) , 200mg/m3

Grau de insalubridade máximo

Grau de risco à saúde alto com exposição excessiva.

À exposição aguda: podem causar distúrbios neurológicos, como dor de cabeça, fadiga, insônia, visão turva, cegueira; distúrbios locais, como irritação e coceira na pele; e distúrbios digestivos, como náuseas, vômito e cólica.

Quando ingerido, o metanol é rapidamente absorvido pelo sistema gastrointestinal e pode levar ao aparecimento dos efeitos mais graves na intoxicação pela substância – diarréia e dor abdominal, hemorragia cerebral, lesões do cérebro, insuficiência cardíaca.

No contato com a pele e com os olhos, lavar com água. Na ingestão, induzir o vômito com xarope. Realizar lavagem gástrica com solução salina.

Fonte: Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Outros acidentes que ocorreram no Porto de Paranaguá:

28 de outubro de 2000

Cerca de 5 mil litros de óleo diesel vazaram de um oleoduto da Transpetro – subsidiária da Petrobrás S/A no Porto de Paranaguá. A causa do acidente teria sido uma falha na junta de pressurização do oleoduto e teria começado durante um teste de manutenção.

18 de outubro de 2001

O navio petroleiro Norma, que carregava nafta, da frota da Transpetro, chocou-se em uma pedra na Baía de Paranaguá, causando o vazamento de 392 mil litros do produto, e atingiu uma área de cinco mil metros quadrados. O acidente culminou na morte de um mergulhador, Nereu Gouveia, de 57 anos, que efetuou um mergulho para avaliar as condições do casco perfurado.

12 de março de 2001

Um navio com bandeira de Gibraltar, e carregado com óleo de soja e que estava sendo reabastecido, teve as amarras da proa soltas e se afastou do atracadouro. Com isso, as mangueiras de abastecimento se romperam e o óleo começou a escorrer para o mar.

06 de novembro de 2001

Uma explosão causada por gases inflamáveis destruiu um armazém de estocagem de cereais no porto e deixou três operários feridos.

05 de agosto de 2004

O navio panamenho Sardegna estava sendo abastecido com 850 toneladas de óleo combustível. 900 litros transbordaram e atingiram o mar. A mancha de óleo se estendeu para a Ilha das Cobras, Coatinga, Piaçanguara e a ponta Oeste da Ilha do Mel.

08 de novembro de 2004

Um incêndio destruiu parte de um armazém de 2 mil e 800 metros quadrados, que estava com uma carga de fardos de algodão.

10 de novembro de 2004

Uma mancha de óleo de três quilômetros surgiu no terminal da Transpetro, no Porto de Paranaguá. Ainda não há divulgação oficial do motivo do vazamento, a quantidade e o tipo de produto. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) suspeita que o acidente tenha decorrido de um acidente com o navio Mariner II, do Chipre, durante o carregamento do navio com barras de ferro. No dia 11 a mancha desapareceu sem que as autoridades soubessem a causa do acidente.

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