PS do Hospital Evangélico fechado em Londrina

Desde as 7h de ontem, o pronto-socorro do Hospital Evangélico de Londrina está com as portas fechadas. Os médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) se recusam a trabalhar porque estão sem salário desde julho.

“Seria uma irresponsabilidade colocar pacientes dentro do hospital e não ter médico para atender, por isso paramos o atendimento”, explica Luiz Soares Khouri, diretor da unidade.

De acordo com ele, 10% da produção foi retido pela prefeitura de janeiro a junho, e desde julho nenhuma quantia foi repassada. A dívida da Secretaria de Saúde de Londrina com o Hospital ultrapassa os R$ 3 milhões. “Temos que pagar as contas em dia, mas não recebemos em dia. Quem suporta um atraso deste tamanho?”, questiona o diretor.

Enquanto não houver uma resposta da prefeitura, os médicos plantonistas atenderão apenas os pacientes com plano de saúde. Quem depende do SUS deverá se dirigir ao Hospital Universitário ou à Santa Casa de Londrina – que teve uma ala interditada na terça-feira depois de constatada uma contaminação por bactéria. “A falta de novos hospitais sobrecarrega o atendimento dos que já existem. Todos os hospitais de Londrina enfrentam superlotação”, revela Khouri.

Questionado, o secretário de Saúde de Londrina, Agajan Der Bredossian, afirmou que o pagamento não foi feito por conta de pendências contábeis. “Eles não têm uma certidão que é necessária para continuidade do pagamento. Com isso, eles devem quitar uma pendência junto à Secretaria de Fazenda, para que então seja feito o repasse. O cheque já está pronto desde maio”, ressalta.

De acordo com ele, cerca de R$ 3 milhões não foram entregues entre junho e julho por conta da pendência. Porém, segundo a assessoria de imprensa do hospital, uma reunião foi feita no final da tarde de ontem com a Procuradoria do Município e a Secretaria da Fazenda.

Na ocasião, foi apresentado parecer favorável à certidão que o hospital precisa apresentar. Uma reunião será feita na manhã de hoje com o objetivo de finalizar a paralisação o mais rápido possível. Até que haja o pagamento, os médicos permanecerão de braços cruzados.