Prova para professores será debatida na capital

Na próxima segunda-feira, representantes do Ministério da Educação (MEC) vão estar em Curitiba para discutir com educadores do Estado e entidades da área o Programa Nacional de Valorização do Professor. Um dos pontos polêmicos do projeto é a avaliação dos profissionais que atuam de 1.º a 4.º série em todo o País.

Na prova vão ser cobradas diretrizes curriculares referentes aos conhecimentos e competências que os docentes precisam ter para estar em sala de aula. Os aprovados vão ganhar uma bolsa que vai servir de estímulo para que o profissional continue sua capacitação. Segundo a superintendente da área da Educação, da Secretaria Estadual de Educação, Yvelise Arco Verde, o valor ainda não foi fechado, mas tem-se comentando em 20% do piso da categoria. Também há discussões sobre a criação de piso nacional para a educação. Em setembro cada estado, depois de analisar e discutir o plano, vai apresentar sua posição sobre o assunto.

Mas, os professores do Paraná não estão de acordo com a medida do governo. Representantes dos sindicatos estaduais e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) se reuniram em julho deste ano para discutir a situação. Marlei Fernandes, diretora de Assuntos Educacionais da APP-Sindicato, afirma que a prova soa como uma punição para aqueles que não tiveram condições de se capacitar. A carga horária excessiva e a redução da quantidade de cursos oferecidos por secretarias de educação trazem dificuldades para que os docentes aprofundem seus conhecimentos. Segundo ela, quem mais precisa do auxílio vai ficar de fora. “A situação está inversa. Primeiro é preciso capacitar, para depois avaliar”, diz.

Eles também criticam a forma como o teste seletivo vai ocorrer. Marlei explica que todo o sistema educacional deve ser avaliado, desdecas secretarias de educação, as escolas até as condições de trabalho. Tudo reflete sobre a aprendizagem dos alunos. “Toda a culpa do rendimento escolar do aluno não pode ficar em cima apenas do professor”, comenta.

Mas Yvelise diz que o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, defende que a avaliação vai premiar a atuação do professor na sala de aula e também o mérito de cada um de ir em busca de aprimoramento.

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