Projeto vai empregar mão-de-obra especial

Existem em Curitiba 73 mil pessoas portadoras de necessidades especiais e, para muitas delas, o mercado de trabalho ainda é uma realidade distante. Pensando em mudar esse quadro, estudantes do curso de Administração de Empresas, da Sociedade Paranaense de Ensino e Informática (SPEI), criaram o projeto de uma cooperativa que produz telhas a partir de material reciclável e emprega este tipo de mão-de-obra. Eles ficaram entre os 20 finalistas do Prêmio Santander Banespa de Empreendedorimo, e estão concorrendo com universidades de todo o país.

Uma das integrantes do grupo de alunos, Anna Burakoski, explica que os portadores de necessidades especiais dificilmente conseguem uma colocação no mercado de trabalho e a cooperativa é uma boa oportunidade. ?Eles podem ocupar funções diferentes, conforme a capacidade de cada um?, comenta.

A expectativa inicial é contratar 40 funcionários. Mas além de resultar em novos postos de trabalho, a idéia do grupo também beneficia o meio ambiente. As telhas são produzidas com materiais recicláveis como as garrafas PET e caixinhas de leite. O material que antes poluía a cidade ganha a destinação correta. Outra vantagem do projeto é que as telhas produzidas são até 52% mais baratas do que as convencionais. ?Podem ser usadas na construção de casas populares?, comenta Anna.

O prêmio do concurso é de R$ 50 mil, dinheiro que o grupo espera ganhar para iniciar a cooperativa. ?Dá para começar, depois teríamos que ir atrás de mais patrocínio. Com o tempo, os cooperados vão tocar o trabalho sozinhos?, prevê Anna. O resultado sai no dia 29 de novembro.

Mas mesmo que o grupo não ganhe o prêmio eles não pensam em deixar a idéia morrer. Terminam o curso na metade do próximo ano e depois vão se dedicar à implantação do projeto. Além da Anna, também participaram os estudantes Joana Dias Estevam, João Henrique Alves e Gerson Giacomassi. 

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