Depois de o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), ter enviado à Câmara de Vereadores o projeto de lei (PL) que pretende garantir às servidoras municipais seis meses de licença-maternidade em vez de quatro, a vereadora Professora Josete (PT) alega que a idéia já era contemplada em projeto de sua autoria do ano passado.
De acordo com a vereadora, depois de aprovado nas comissões da Câmara, seu projeto já estava pronto para ser votado em setembro de 2006, o que não aconteceu. Para Josete, a Prefeitura estaria ciente da proposta.
?O prefeito afirmou que o município está na vanguarda dos cuidados com as mães da cidade. Isso poderia ser verdade se a base de apoio dele na Câmara não tivesse engavetado a nossa proposta e deixado-a de lado por mais de um ano.?
O secretário de Recursos Humanos da Prefeitura, Arnaldo Bertoni, garante que desconhecia o projeto de Josete. ?Além disso, não é de competência do Legislativo apresentar projeto de lei que acarrete em despesas, como este?, afirma, diferenciando-o de um semelhante que tramita no Congresso Nacional e que afeta a iniciativa privada.
Segundo o secretário, o projeto da Prefeitura foi encaminhado somente agora porque, após recentes contratações, a administração municipal passou a ter pessoal suficiente para cobrir os dois meses a mais de licença maternidade propostos.