Projeto de recuperação em rios urbanos

Se a população parar de poluir, o rio Belém – considerado o mais curitibano de todos os rios por nascer e morrer na cidade – pode voltar a ter águas cristalinas e ser povoado de peixes e outros animais aquáticos em um período de quatro anos. A estimativa é dos professores do curso de Engenharia Ambiental da PUCPR, Carlos Melo Garcia e Arnaldo Carlos Müller.

Em parceria com estudantes de graduação e de mestrado em Gestão Urbana, os dois desenvolvem um projeto chamado Fala Belém, que foi lançado este ano e está inserido em um contexto de recuperação de rios urbanos. No ano passado, professores e estudantes da PUCPR participaram de ações de limpeza do Belém. Com o projeto, ao invés de limpar, Carlos e Arnaldo querem conscientizar a população sobre a importância de não sujar.

"Se não houver envolvimento da população, se as pessoas continuarem a jogar lixo no rio e se as ligações irregulares de esgoto não forem corrigidas, todos os órgãos ambientais podem promover ações de limpeza que o rio nunca ficará limpo", afirma Carlos. "Com o Fala Belém queremos que as pessoas se dêem conta do que está acontecendo com o rio e se sintam comprometidas em salvá-lo."

Durante os próximos dias, grupos de estudantes universitários estarão em diversos locais públicos da capital distribuindo panfletos educativos e convidando as pessoas a responderem um pequeno questionário sobre o que pode ser feito para que o Belém deixe de ser poluído.

"O objetivo é que as pessoas digam o que o governo e o que elas próprias podem fazer para mudar a realidade. Nossa intenção é que os cidadãos pensem e voltem seus olhos para o rio."

Com base nas respostas da população, professores e alunos devem elaborar novas ações a serem desenvolvidas em benefício do rio Belém. Os integrantes do projeto já conseguiram fechar parcerias com a Câmara de Vereadores de Curitiba, com a Sanepar, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a organização não governamental Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IDS).

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