Professores reclamam de seleção da Secretaria de Educação

Houve muita confusão ontem na distribuição de aulas para professores que passaram pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) para trabalhar em escolas estaduais em Curitiba. Eles reclamam dos critérios para classificação e denunciam interpretação dúbia em um dos campos para preenchimento da inscrição pela internet. Docentes dizem que foram induzidos ao erro no momento de descrever os cursos de pós-graduação. A informação errada forçou a desclassificação de alguns deles. A confusão começou no início da semana e permaneceu até ontem, último dia para a distribuição das aulas. O ano letivo começa hoje.

Segundo Zilda Iara, professora de Educação Física, a ficha de inscrição permitiu uma dúbia interpretação sobre a quantidade de cursos de pós-graduação. Como em um campo ao lado havia a referência horas/aula, muitos preencheram dentro deste mesmo parâmetro, o que não foi aceito pela Secretaria de Estado da Educação (Seed). ?Teve gente que colocou 360 neste campo, como se fossem 360 horas/aula. Agora falaram que era para colocar como se fosse um, dois ou três cursos. É humanamente impossível que alguém faça 360 cursos de pós-graduação. Mas centenas de professores foram induzidos ao erro e agora estão desclassificados?, comenta.

A professora de Educação Física Stella Torquato ficou na 10.ª colocação no concurso, mas foi desclassificada por conta desse erro. Outros professores reclamam dos critérios de avaliação para a composição da classificação do PSS. Quem se sentiu lesado entrou com recurso no protocolo no Núcleo de Educação de Curitiba. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) procurou ontem a Seed para solicitar que fossem feitas as correções onde houve erro de classificação. Procurada pela reportagem de O Estado, a Seed disse que não se pronunciaria sobre o caso.

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