Professores realizam protesto em Cascavel

Professores da rede municipal de ensino de Cascavel dispensaram os alunos do ensino infantil e fundamental ontem pela manhã e realizaram uma manifestação por aumento salarial. Eles tinham uma reunião marcada pela manhã com o prefeito Lísias Tomé (PSC), mas afirmaram que não foram recebidos porque estavam em muitos e foram até o local mobilizados.

Por isso seguiram em protesto até o centro da cidade. A categoria reivindica aumento salarial de 1% mais a inflação de 5% referente aos últimos 12 meses. Ao todo são 1,4 mil professores municipais que lecionam em 62 escolas para cerca de 4,2 mil alunos.

A data-base dos professores de Cascavel é em maio, mas eles já estão pressionando a prefeitura porque a partir do dia 8 de abril os executivos municipais não podem mais dar aumentos salariais por causa da legislação eleitoral. ?Protocolamos nossas reivindicações salariais na segunda quinzena de fevereiro e não obtivemos resposta. Ontem a prefeitura nos convocou para uma reunião. Mas o prefeito queria falar só com representantes das escolas e os professores não aceitaram. Todos queriam participar. Então ele foi embora?, contou a diretora do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino de Cascavel (Siprovel), Ana Cordeiro Stocker.

A convocação, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, era para um encontro de trabalho no qual o prefeito iria expor os planos do executivo para a educação e as finanças municipais para justificar uma contraproposta. A prefeitura quer que os professores se enquadrem no aumento salarial oferecido aos demais servidores municipais, que seria de 3% divididos em três parcelas (abril, agosto e dezembro). Além disso, existem propostas de promoções de cargos. O Siprovel protocolou ontem um novo pedido de negociação. Uma nova assembléia deve acontecer amanhã, onde a possibilidade de uma greve será avaliada.

Sem salários em Piraquara

Cerca de 50 professoras estagiárias que trabalham nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIS) de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, foram ontem até a Prefeitura reclamar de atraso salarial. Elas ainda não receberam o pagamento referente ao mês de fevereiro. O município tem 328 professoras estagiárias, que são co-regentes nas creches da cidade.

?Fomos até lá e nos disseram que o dinheiro foi repassado só no dia 19 e por causa do feriado não entrou ainda?, contou uma professora estagiária que preferiu não se identificar. Elas são estudantes de magistério e pedagogia e recebem R$ 225 por quatro horas diárias de trabalho. O dinheiro do salário é repassado para o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), que faz o pagamento até o 15º dia do mês seguinte.

A prefeitura confirmou o atraso, mas garantiu que até sexta-feira os salários serão pagos. O CIEE explicou que só há atrasos quando a empresa que contrata os estagiários não repassa o dinheiro no prazo.

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