Professores optam por não deflagrar greve

Os professores das universidades estaduais decidiram dar mais uma chance ao governo e não deflagrar a esperada greve da categoria. A decisão foi tomada ontem em assembléias realizadas em quatro instituições do Estado. As únicas universidades que optaram por uma paralisação temporária foram a do Oeste do Paraná (Unioeste) e a de Ponta Grossa (UEPG). Os sindicatos que representam os professores decidiram continuar as negociações, mas querem que o Estado apresente uma solução para a revisão da carreira e para as perdas salariais.

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi a primeira a concluir o pleito, com cerca de 500 docentes. A maioria optou por continuar as negociações.

?Aceitamos fazer parte do grupo de trabalho proposto pelo governo para tentar avançar em nossas reivindicações até 16 de outubro, quando realizaremos nova assembléia para um balanço dos resultados?, disse a vice-secretária de administração e organização do sindicato dos docentes (Sinteemar), Margarete Iung.

O grupo de trabalho foi sugestão do governo para dar seqüência às negociações. Devem compô-lo representantes das unidades sindicais e das secretarias da Administração e Ciência e Tecnologia. ?Nossa proposta é que se faça uma readequação na carreira e, assim, haja reposição salarial adequada?, informa a sindicalista.

Na Unioeste, a decisão foi de alerta. ?Vamos fazer três dias de paralisação de advertência, a partir de amanhã (hoje) até sábado?, explica o presidente do sindicato Aduinoeste, Luiz Fernando Reis. Os professores querem uma solução para a reposição salarial em 60 dias. Na UEPG, os docentes decidiram fazer uma paralisação de um dia na quarta-feira que vem (8) e continuar com as negociações. O objetivo é alertar o governo para o descontentamento.

Na UEL, a maioria dos professores também disse não à greve. ?Nosso objetivo alcançamos, que era o comparecimento do maior número possível de participantes?, afirma a presidente do Sindiprol, Inês de Almeida. Ela confirma a participação da UEL no grupo de trabalho para que as negociações continuem. ?Mas os detalhes sobre como isso se dará serão definidos em nova assembléia, na terça-feira (7).?

A reestruturação da carreira pleiteada pelos professores deve evitar novas perdas salariais que, atualmente, somam entre 22% e 47%. O reajuste dado pelo governo este mês, de 6,57%, gerou descontentamento geral na categoria, que continuará brigando por uma nova proposta.

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