Professores municipais querem reajuste salarial

Ficou pré-agendada para hoje a reunião entre o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) com representantes da prefeitura de Curitiba. Ontem, o sindicato tinha uma reunião marcada às 14h, mas, por causa das negociações entre a prefeitura e os guardas municipais, que se estendeu até o início da noite, os dirigentes do sindicato acharam melhor remarcar um novo encontro para hoje com o secretário de Recursos Humanos, Paulo Afonso Schmidt.

Para a coordenadora institucional do Sismmac, Ana Denise Ribas de Oliveira, a prioridade era a segurança. “Achamos melhor retomar as negociações amanhã (hoje), pois acreditamos que a prioridade no momento são os guardas municipais”, disse.

De acordo com a presidente do Sismmac, Simeri Ribas Calisto, a reunião que seria ontem era derivada de vários pedidos feitos anteriormente. No último dia 11, a direção do sindicato entregou à prefeitura de Curitiba uma pauta de reivindicações, onde havia uma solicitação de que houvesse uma resposta até dia 22 de fevereiro, o que não aconteceu. “Foi estabelecido um novo prazo, dia 26 de fevereiro, que novamente foi desrespeitado. Estamos cansados e perdendo a paciência. Além disso, temos que negociar com a prefeitura antes do dia 3 de abril, quando o prefeito se retira do cargo”, diz. “A negociação deve acontecer o quanto antes, caso contrário, quando o novo prefeito assumir, temos certeza de que ele dirá que nada poderá ser feito por causa da situação gerada pelas eleições”, presume.

Salários

Segundo Calisto, a base da pauta é a campanha salarial. Os professores também pedem a revisão do plano de carreira, ato que valorizaria o tempo de serviço na rede de ensino. “A diferença salarial de um professor que trabalha há quatro anos para um que está há doze anos na profissão é de apenas R$ 40. Não existe valorização alguma na nossa categoria. Queremos mudanças”, pede.

Para melhorar os salários, o magistério municipal reivindica a reposição da inflação do último ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 4,09%, mais 14,34% de reajuste para recuperar as perdas salariais ocorridas entre 1999 e 2005, e 11% de aumento real. No plano existem ainda propostas para a formação continuada e para melhorar as condições de trabalho, entre outras questões, de interesse também de professores aposentados.