Professores da UFPR reclamam de livro-ponto

Alguns professores do campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no litoral reclamam que estão tendo que assinar um livro-ponto para comprovar a freqüência na instituição. Eles afirmam ainda que funcionários do setor de segurança do local estariam controlando a presença dos docentes.

De acordo com o assessor jurídico da Associação dos Professores da UFPR (APUFPR), João Luís Arzeno da Silva, tudo isso é ilegal, pois há decretos que dispensam o magistério superior deste tipo de controle. ?Essa medida da UFPR contraria a natureza da atividade docente de nível superior, que tem muita pesquisa e extensão. O professor de nível superior é docente 24 horas por dia?, disse Silva.

A reportagem tentou conversar com alguns professores, mas a assessoria de imprensa da APUFPR informou que muitos têm receio de sofrer represálias.

De acordo com Silva, houve um caso inclusive de uma professora que teria conversado com um segurança do campus litoral, o qual disse que não a tinha visto no local naquele dia.

O professor Valdo Cavallet, que está respondendo pela diretoria do campus da UFPR no litoral, afirmou que não há livro-ponto ou cartão-ponto no local. O que existe, segundo ele, é um acompanhamento das pessoas que trabalham no campus, o que seria detectado pelos próprios alunos. Segundo Cavallet, são freqüentes as reclamações dos estudantes sobre ausência dos professores em sala de aula na UFPR do litoral. ?O que pode estar acontecendo é que esses professores fizeram concurso para trabalhar no litoral e muitas vezes têm dificuldades para se deslocar. Porém, o concurso propôs dedicação integral, eles têm que estar disponíveis?, afirmou.

Os professores ligados à APUFPR afirmaram ter protocolado um documento na à reitoria da universidade solicitando ?providências? com relação ao controle da assiduidade. Porém, Silva disse que até agora não obtiveram retorno.

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