Professora paranaense recebe prêmio do MEC

A necessidade de despertar a atenção das crianças para o ensino levou uma professora da cidade de Cambé, no Norte do Estado, a criar um método de aprendizagem eficiente, divertido e saboroso. O projeto, intitulado Doce gostinho de aprender através de embalagens, envolveu trabalhos educativos com papéis de balas e rendeu a Paula de Fátima Cavagnari, da Escola Municipal Cecília Meirelles, o Prêmio Professores do Brasil, viabilizado através de parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e diversas entidades relacionadas ao setor.

O trabalho de Paula foi o único do Paraná classificado entre os vinte trabalhos contemplados – no total, 1.131 professores se inscreveram em todo o País. ?Sempre procuro trabalhar de forma diferente, daí a idéia de alfabetizar usando embalagens de balas?, recorda. Durante seis meses, os alunos juntaram papéis de balas e passaram a aprender com os desenhos e pequenos textos das embalagens. ?Fazíamos jogos de dominó, de memória, encaixe dos textos, sempre envolvendo a parte escrita, as cores, o sabor?, explica.

Para Paula, a iniciativa permitiu desenvolver o lado artístico e a criatividade, além de proporcionar bons resultados no desempenho da turma nas outras disciplinas. ?Trabalhamos com os recadinhos que vêm nos rótulos, e cada aluno criou o seu. Fizeram inclusive a propaganda da bala. Também criei desenhos e jogos de palavras onde escondia balas e eles tinham de procurar, o que os fazia ler e raciocinar?, lembra. ?Isso fez com que prestassem mais atenção.?

Prêmio

A assessora da Coordenação Geral de Ensino Fundamental do MEC, Sueli Mello, ressalta o trabalho da paranaense pela originalidade e pela característica interdisciplinar. ?Partindo de um tema gerador, ela fez associação com tudo que queria ensinar aos alunos, usando diversas áreas do conhecimento. É sedutor para as crianças?, considera.

De acordo com Sueli, é levado em conta para a premiação, entre outros aspectos, a aplicabilidade dos temas. ?O que queremos é o relato de uma experiência prática vivida em sala de aula?, enfatiza. Ela destaca, ainda, que os trabalhos podem ter qualquer temática. ?Os professores inscrevem trabalhos sobre meio ambiente, patrimônio, cultura, cidadania, direitos humanos, leitura. É uma riqueza perceber como os professores estão trabalhando do jeito deles, sem imposição.?

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