Desde o último dia 7 de outubro, moradores e comerciantes da Rua Silveira Peixoto, no bairro Água Verde, em Curitiba, estão sofrendo com a constante falta de água. As paralisações são aleatórias, mas trazem diversos prejuízos ao comércio e aos moradores.
De acordo com Terezinha Seguin, que mora no bairro há mais de 35 anos, essa é a primeira vez que a falta de água acontece. “Não consigo fazer nada sem água, pois quando vem da rua, ela chega sem pressão para subir até o reservatório. Desde que moro aqui, nunca passei por isso. Segunda-feira levei uma tarde inteira para conseguir encher um balde de água”, reclama.
Além de Seguin, seus vizinhos também têm do que se queixar. “Não temos motivos aparentes para essa situação nem estamos em período de racionamento. Há dez dias estamos sendo prejudicados”, diz o morador Leandro Souza.
Ele acrescenta ainda que várias reclamações foram feitas à Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). “Mas em nenhuma delas obtive resposta”, continua.
De acordo com a Sanepar, um aumento do consumo na região ocasionou a diminuição da pressão e conseqüentemente a falta de água na região. Hoje os moradores não deverão ter mais problemas, pois uma equipe técnica já estava trabalhando para o aumento da pressão e da quantidade de água enviada ao local.
Portão
Enquanto na Água Verde o restabelecimento está previsto para hoje, moradores do Portão, próximos à antiga Antártica, convivem com uma situação inusitada. O corte de água à noite acontece há muitos anos, mas nos últimos 45 dias passou a apresentar um fato que está assustando os consumidores. A água é desligada pouco antes da meia-noite e religada por volta das 5h.
Quando ela chega nas casas, estremece todo o encanamento e provoca barulhos na tubulação, principalmente nos sótãos das casas. A notícia percorreu moradores da Rua Capitão Tenente Maris de Barros, depois que uma menina de seis anos e um adolescente de 15, assustados, acordaram os pais por causa do barulho.
Logo, outros usuários também contaram a mesma experiência e entraram em contato com a Sanepar. Através do 115, a explicação obtida é que lá é uma “baixada” e que, por isso, estava ocorrendo tal situação.
A outro consumidor foi dito que, se as bombas não fossem desligadas, elas explodiriam. As surpresas não param por aí. A maioria deles acusou aumento na conta da água. Para o proprietário da ligação, só há uma explicação: a pressão do ar na tubulação.