Problema com a coleta do lixo em Carambeí

A Prefeitura do município de Carambeí, nos Campos Gerais, está há mais de uma semana sem poder coletar as oito toneladas diárias de lixo produzidas pela população. O motivo é que, em face do vencimento do prazo para o uso do aterro da cidade vizinha de Castro, há um mês, o município não tem mais capacidade para estocar o lixo, que estava sendo jogado em caçambas. O município, que sofre com as restrições ambientais, decretou estado de emergência e já obteve liberação do Estado para implantar ao menos uma medida paliativa.

Carambeí vinha depositando seu lixo no município de Castro mediante acordo firmado há quatro anos, quando o aterro usado pelas duas cidades – e sediado nos limites de Carambeí – teve sua vida útil esgotada. Com a construção de um novo aterro em Castro, os municípios inverteram os papéis e firmaram contrato que vigorou até meados do ano passado. Depois do vencimento houve mais duas renovações, porém, temporárias. O prazo final, vencido no dia 30 de abril, não foi renovado.

?Durante esses anos, Carambeí tentou achar área adequada para colocar um aterro. Só que nosso município tem muitas restrições ambientais, com três bacias de abastecimento público (Alagados, Pintangui e São João) que abrangem metade da área da cidade?, diz a secretária municipal de Meio Ambiente, Michele Engels. Pelo local passa ainda o corredor de biodiversidade do Tibagi, além da área de preservação ambiental da Escarpa Denoviana.

Mesmo com dificuldades, o município conseguiu apontar três possíveis áreas para a implantação – uma delas, considerada favorável pelo IAP. ?Mas a aprovação ainda depende de um estudo de sondagem do solo?, afirma a secretária. O instituto aguarda para o dia 28 deste mês os resultados da avaliação.

Paliativo

Durante quase um mês, o município procedeu à coleta de lixo de forma irregular, juntando todas as caçambas que possuía, colocando-as em local isolado e depositando ali o lixo. Mas as caixas encheram e foi necessária liberação imediata por parte do IAP de uma área para abrir uma vala e enterrar o lixo temporariamente. A medida paliativa deve durar pouco tempo, até que os estudos para implantação do aterro sejam concluídos e a construção iniciada.

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