Previsão de chuvas e ventos fortes no Paraná

Gradativamente a estiagem vai indo embora. Para a noite de ontem a previsão do Instituto Tecnológico Simepar era de chuvas, que mesmo sem muita intensidade na capital paranaense, devem dar mais um alívio no sistema de abastecimento de água de Curitiba e Região Metropolitana. Hoje, o dia em todo o Paraná deve ser marcado por nebulosidade e chuvas irregulares. Na região central, o alerta da Defesa Civil aponta para a possibilidade de temporais, com ventos que podem chegar a 80km/h.

De olho na previsão e na quantidade de água ainda disponível na bacia incremental, a Sanepar manteve por mais um dia a suspensão do rodízio de abastecimento. Dependendo do volume de precipitação de hoje e do volume de água ainda disponível na bacia incremental, a interrupção no racionamento deve beneficiar novamente os moradores do grupo 1, formado parcialmente pelo Abranches, Água Verde, Alto da Quinze, Batel, Bigorrilho, Bom Retiro, Campina do Siqueira, Centro, Cristo Rei, Hugo Lange, Jardim Botânico, Juvevê, Mercês, Parolin, Pilarzinho, Prado Velho, São Lourenço, Seminário, Vila Isabel e Vista Alegre e integralmente pelo Rebouças.

O anúncio sobre a manutenção da suspensão deve ser feito na manhã de hoje. Chovendo ou não, os técnicos da Sanepar vão avaliar a possibilidade de manter a suspensão, após a medição do volume de água disponível para o abastecimento. ?Se for possível manter o sistema de abastecimento igual ao de hoje (ontem), o rodízio permanece suspenso. Mas se tivermos que abrir uma de nossas barragens, o rodízio retorna?, diz o gerente para Curitiba e Região Metropolitana, Antônio Carlos Gerardi. Ontem o volume somado das barragens de Iraí e Piraquara, que continuam fechadas, era de 35,5%.

Prejuízo

Independente do aceno para o fim da dura estiagem que castigou o Paraná este ano, nove municípios da região oeste, ligados ao programa Pró-Caxias, devem sofrer ainda por um bom tempo os reflexos da seca. Situados no entorno da usina hidrelétrica Governador José Richa (antiga Salto Caxias), que deixou de produzir energia por quatro meses devido ao baixo nível do Rio Iguaçu, as cidades não devem receber o repasse de verba previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O repasse de capital funciona como os royalties pagos pela Usina Itaipu aos municípios que fazem parte do sistema daquela usina.

Segundo o coordenador do departamento financeiro da Prefeitura de Nova Prata do Sul, Darci Azevedo, de janeiro até junho o município recebia R$ 120 mil mensais. Porém como a usina parou de gerar energia em julho, as verbas pagas pela Aneel foram caindo. ?Esse mês recebemos R$ 22 mil, mas já sabemos que a partir de outubro, nada receberemos. E isso deve se manter até dezembro?, diz Azevedo. Com a queda na arrecadação do município, que tem 10 mil habitantes, a situação ficou delicada, ao ponto de resultar na demissão de 40 funcionários da Prefeitura, inclusive de profissionais que tinham cargo de confiança. ?O problema é que nossa cidade é predominantemente rural e, com o êxodo, a população caiu de 18 mil para 10 mil. Esse número garante apenas a cota mínima do Fundo de Participação Municipal?, explica o coordenador.

Voltar ao topo