Os funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) de Toledo, oeste do Estado, voltaram ao trabalho ontem. Os três médicos legistas e dois auxiliares de necropsia que atuam no local paralisaram as atividades na última sexta-feira porque estavam com os salários, que somam perto de R$ 16 mil, atrasados há 75 dias. Depois que o município acertou o montante, o instituto reabriu e eles retomaram as atividades ainda na tarde de ontem.
Durante o final de semana, porém, o fechamento ocasionou transtornos. A família de um jovem morto em acidente de carro na região esperou mais de dez horas para enterrá-lo, tudo porque não foi atendida em Toledo e, ao procurar atendimento em Cascavel, teve a recusa de um dos médicos para a liberação do corpo. O presidente interino do Conselho Municipal de Segurança (Conseg) de Toledo, Lourival Neves Junior, garante que esse foi o único contratempo gerado pelo fechamento. ?Dois corpos acabaram sendo levados para Cascavel e não houve mais confusão?, afirma.
De acordo com Neves Junior, o atraso no pagamento dos salários se deu porque o conselho teria tido problemas na regularização de documentos junto ao município. ?Faltava uma certidão do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social)?, explica. O documento foi entregue e os salários pagos. Outra constatação do presidente interino do Conseg é que os funcionários que atuam no IML, contratados pelo Estado (um médico, um auxiliar de necropsia e uma zeladora), estavam com os pagamentos em dia, mas não trabalharam porque já tinham cumprido as 40 horas mensais pelas quais são remunerados, daí o fechamento total do instituto.
O município pleiteia junto ao Estado a contratação de mais quatro médicos e outros quatro auxiliares de necropsia para resolver o problema da falta de pessoal. O concurso público para contratação desses profissionais em todo o Paraná está aberto até o próximo dia 25. O IML de Toledo atende a outros 21 municípios da região e quer ajuda das prefeituras para dar conta da demanda. ?Estamos solicitando repasse financeiro deles para que possamos contratar, no mínimo, mais dois auxiliares de necropsia?, antecipa o presidente interino do Conseg.