A Prefeitura vai aumentar a fiscalização em terrenos particulares, para descobrir ligações irregulares de drenagem perto de córregos e rios de Curitiba. A intenção é abrir processos administrativos contra aos donos de imóveis que aterraram trechos de fundo de vale ou canalizaram indevidamente o leito de rios.
“Na última chuva, galerias construídas irregularmente provocaram pontos de estrangulamento dos leitos de rios, causando alagamentos. Por isto, vamos autuar estes pontos irregulares”, avisa o secretário municipal de Obras Públicas, Mario Tookuni.
A intenção do Departamento de Pontes e Drenagem da Prefeitura é verificar cada um dos pontos de cheias da cidade e analisar as causas de alagamentos.
Somente na última chuva, na quinta-feira passada (19), foram registrados 800 chamados de pontos alagados na cidade. “Muitos provocados por galerias subdimensionadas ou fora do padrão, que impedem o escoamento das águas, provocando cheias a montante ou rompimento de canalizações”, afirmou Tookuni.
Um dos casos é o da rua Athayr Roszanny, no Capão Raso, onde equipes da Secretaria Municipal de Obras Públicas estão destruindo uma galeria irregular. Neste local, ocorreu uma ocupação de área de fundo de vale.
Sobre um afluente do Ribeirão dos Padilha, foi construído uma galeria canalizando o rio. A obra serviria para aterrar o terreno e construir uma casa, em local proibido pela legislação ambiental.
Com a chuva da semana passada, houve alagamento e destruição de casas próximas do Ribeirão dos Padilha. Para corrigir este problema, a galeria foi desmontada e o material de construção da casa irregular, apreendido.
A intenção é repetir esta vistoria em outros terrenos da cidade, acionando a Secretaria Municipal de Urbanismo e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente para multar os infratores.
“Quem for construir, pode procurar a Secretaria Municipal de Obras Públicas para saber como agir quando há necessidade de canalização”, explica o diretor de Pontes e Drenagem, Augusto Meyer.