Prédio abandonado gera incômodo no Bigorrilho

Uma obra abandonada há cerca de dez anos está incomodando os moradores do bairro Bigorrilho, em Curitiba. A água da chuva fica acumulada na garagem do prédio que vive submersa. O local também virou depósito de lixo. É possível observar várias garrafas e sacolas boiando. Segundo a Prefeitura de Curitiba, quinzenalmente a água é tratada, para evitar a proliferação do mosquito da dengue.

Alexandre Sepeca mora na Avenida Cândido Hartmann, onde fica o prédio comercial, com três andares, abandonado ainda em construção. Conta que, além de virar ponto de encontro para o consumo de drogas, o local também é um foco de doenças. O terreno é mais baixo do que a rua e a água da chuva fica acumulada. Ele tem medo que a situação favoreça a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypiti.

Mas não é só isso. O local também acumula lixo jogado pela população. A falta de respeito com o meio ambiente favorece a proliferação de ratos e outros insetos. Alexandre conta que já entrou em contato com a Prefeitura, pedindo que alguma providência fosse tomada. Ele deu entrada no protocolo em janeiro e até agora não obteve nenhuma resposta. ?Tem tanta campanha falando do perigo da água parada e nada é feito?, reclama.

Segundo o diretor de Saúde Ambiental, Moacir Gerolomo, da Secretaria Municipal de Saúde, no local é feito um monitoramento quinzenal. Para evitar a proliferação do mosquito da dengue, são adicionados à água produtos químicos que inibem a reprodução. Moacir explica que a Prefeitura possui um programa para cuidar especificamente dos imóveis que oferecem maior risco. Além de prédios abandonados, também são incluídos cemitérios e ferros-velhos. Há 754 pontos monitorados na cidade.

Normalmente os donos são notificados para que tomem providências, mas neste caso a solução parece estar longe do fim. Segundo informações da Secretaria Municipal de Urbanismo, desde 2003 o processo está caminhando junto ao órgão, mas como o imóvel faz parte de uma massa falida, até agora a Prefeitura não conseguiu que nenhuma providência fosse tomada pelos proprietários. Há alguns meses, a Prefeitura conseguiu que a empresa que usa o local para fazer publicidade fizesse a drenagem e vedasse a entrada de pessoas estranhas por iniciativa própria. Mas voltou a chover e a garagem continua cheia de água.

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